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Havai prepara plano de contingência nuclear para eventual ataque da Coreia do Norte

Um míssil balístico intercontinental demoraria cerca de 20 minutos a sair de Pyongyang e a atingir a costa havaiana, o que está a obrigar as autoridades locais a pensar em iniciativas de defesa de mísseis.
  • KCNA/via REUTERS
26 Maio 2017, 10h49

A braços com uma escalada de tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte e perante a possibilidade de se vir a desenvolver um conflito entre os dois países, o estado norte-americano do Havai, situado no meio do Oceano Pacífico, está a preparar um plano de contingência nuclear como medida de precaução. Em causa está a sua proximidade do território norte-coreano, o que pode tornar o pequeno estado insular dos Estados Unidos no alvo principal de Pyongyang.

Uma distância de 7.501 km é o que separa o Havai da Coreia do Norte e das intenções lunáticas do líder norte-coreano, Kim Jong-un, em atacar os Estados Unidos. Um míssil balístico intercontinental demoraria cerca de 20 minutos a sair de Pyongyang e a atingir a costa havaiana, o que está a obrigar as autoridades locais a pensar em iniciativas de defesa de mísseis.

O plano de contingência do Havai prevê a revisão dos procedimentos em caso de acidentes e mortes em larga escala na ilha e a realização de formações de treino militar e liderança. O estado norte-americano está ainda a testar a melhor forma de incorporar nos telemóveis pessoais um sistema de alerta de emergência, para que os avisos à população possam chegar mais rapidamente aos havianos, antes da informação transmitida na televisão, rádio e meios sonoros, como sirenes locais.

O mais recente teste de mísseis protagonizado pelo Coreia do Norte ocorreu a 13 de maio, com um míssil a voar 430 milhas naúticas (cerca de 800 quilómetros) antes de cair no oceano entre Pyongyang e o Japão. Entre os norte-americanos especula-se qual será a resposta do presidente às constantes violações do Tratado de Não-proliferação de Armas Nucleares (TPN) por parte do regime de Kim Jong-un.

Numa carta enviada ao presidente, os democratas pedem à Administração Trump que converse diretamente com a Coreia do Norte, antes de iniciar um ataque. “A decisão de lançar mísseis ou declarar guerra exige debate, sobretudo em estados como o norte-coreano. Numa região tão volátil e com uma política inconsistente e imprevisível, o risco de se virem a desenvolver conflitos é inimaginável”, argumentam.

Em entrevista ao canal norte-americano ‘Fox News’ em abril, Donald Trump reiterou a intenção de “não verbalizar o que está a fazer ou a pensar”. “Vamos ver o que acontece”, acrescenta.

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