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HNA: O misterioso acionista chinês da TAP que ninguém conhece

Desde o início do ano passado, o grupo chinês tem feito investimentos em vários países, incluindo Portugal, mas está a levantar questões sobre quem está atrás destes negócios.
28 Julho 2017, 13h14

É um dos grupos com maior destaque nos últimos meses a nível mundial, com investimentos agressivos em vários países, mas quem detém o HNA tem levantado dúvidas. Desta vez, é o Wall Street Journal a escrever que o grupo chinês, que está associado à fundação sem fins lucrativos com sede em Nova Iorque, Hainan Cihang Charity Foundation, pode ainda não existir realmente.

A fundação, que é a maior acionista do HNA, foi criada em dezembro, mas passados sete meses, nem o propósito, nem os objetivos da Hainan Cihang Charity Foundation são conhecidos, de acordo com WSJ, que cita “fontes próximas do assunto”.

O que se sabe é que o grupo chinês detém ativos avaliados em cerca de 125 mil milhões de euros e que metade das receitas provêm de fora da China. Esta semana, o HNA ficou, indiretamente, com 2,52% do capital da TAP, depois de ter tornado efetiva a participação no capital do consórcio privado Atlantic Gateway, detentor de 45% da companhia aérea nacional.

Em maio, o grupo tinha-se tornado o principal acionista do Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, num negócio que envolveu quase 1,8 mil milhão de euros. Nos EUA, detém um quarto da Hilton Worldwide Holdings e está a negociar a compra de uma empresa de fundos de investimento, SkyBridge Capital, ao novo diretor de comunicação da Casa Branca, Anthony Scaramucci.

Além das dúvidas sobre a fundação, há também questões sobre a proveniência dos 30% do HNA que não passaram para a Hainan Cihang Charity Foundation. Segundo o WSJ, essa parte apenas está avaliada em milhares de milhões de dólares e é detida por dois investidores privados em offshores.

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