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Hospitais privados adicionaram 21 milhões de euros às contas em 2017 e 2018 com a ADSE

A regularização da faturação dos prestadores privados, em 2017 e 2018, totalizou 21 milhões de euros. No início do presente ano, os grandes grupos privados ameaçaram suspender as convenções com a ADSE por esta estar em falta com 38 milhões de euros relativamente a 2015 e 2016.
24 Maio 2019, 09h20

Os hospitais e clínicas privados que têm convenções com a ADSE faturaram 21 milhões de euros a mais ao sistema de saúde da função pública entre 2017 e 2018, que terão de ser regularizados, revela o relatório de atividades divulgado esta sexta-feira.

A regularização de faturas esteve na base da contestação no início deste ano entre os hospitais privados e a ADSE, sobretudo dos grandes grupos (grupos Lusíadas Saúde, Mello Saúde e Luz Saúde), que ameaçaram suspender as convenções com a ADSE devido à falta de 38 milhões de euros relativos aos anos de 2015 e 2016.

Segundo o relatório referente a 2018, ao qual a agência Lusa teve acesso, a regularização da faturação dos prestadores privados atinge os 11 milhões euros em 2017 e a 10 milhões de euros em 2018, totalizando 21 milhões no conjunto dos dois anos.

O documento indica ainda que foi constituída uma provisão “para outros riscos e encargos” de um terço do valor relativo à regularização dos 38 milhões de euros relativos aos anos de 2015 e 2016, que corresponde a 12,6 milhões de euros.

A ADSE e os grupos de saúde privados estão a negociar as novas tabelas de preços do subsistema de saúde dos funcionários públicos, com preços fechados, com o objetivo de acabar com o regime de regularizações que ainda se encontra em vigor.

Uma vez que o preço é atualmente aberto, a regularização serve para a ADSE poder fazer depois uma tentativa de uniformização dos preços.

No fim de abril, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) escreveu aos associados a informar que a ADSE ainda não tinha apresentado qualquer proposta para uma nova tabela de preços, apesar das insistências junto da tutela.

Em fevereiro, a presidente do conselho diretivo da ADSE, Sofia Portela, disse no Parlamento que “dentro de muito pouco tempo” iria apresentar aos prestadores de saúde privados a nova tabela do regime convencionado com preços fechados.

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