[weglot_switcher]

Hospital da Cruz Vermelha precisa entre 12 e 16 milhões. Misericórdia avança para compra

O Provedor, Edmundo Martinho revelou que a Santa Casa já recebeu a avaliação e vai avançar com negociações com a Cruz Vermelha e a Parpública, os dois acionistas, com vista à compra desta unidade de saúde emblemática da capital.
  • Cristina Bernardo
28 Junho 2020, 09h35

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa revelou, este sábado, que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está interessada na aquisição da totalidade das ações do Hospital da Cruz Vermelha. “Nós queremos assumir 100% da sociedade”, afirmou Edmundo Martinho em entrevista à Antena1/Jornal de Negócios.

O Hospital da Cruz Vermelha é detido em 55% pela Cruz Vermelha e 45% pela Parpublica, sociedade de participações do Estado português.

Edmundo Martinho disse também que a Santa Casa já recebeu a atualização da avaliação e vai avançar para a negociações com estas duas entidades com vista à aquisição da totalidade da instituição hospitalar, que está fortemente descapitalizada. Segundo adiantou, para retomar o panorama que tinha na saúde em Portugal, o hospital precisa de uma “recapitalização forte”, que avaliou entre 12 a 16 milhões de euros. “Queremos assumir 100% da sociedade o que significa que a Santa Casa tem que assumir essas responsabilidade”, vincou.

Na entrevista  à A1/JNeg, o Provedor revelou ainda que a pandemia teve um “impacto brutal” nas contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que vai acabar o ano com 30 milhões de euros de resultados negativos.  Referiu que a despesa aumentou entre 20% a 30% e é previsível que continue neste nível. Já a receita reduziu em 25%. As perdas resultantes da venda dos jogos chegaram aos 600 milhões de euros. Admite que em relação às vendas dos jogos já se sente alguma retoma mas ainda assim muito longe do nível anterior à crise.

Para recuperar, o Provedor aposta na internacionalização dos jogos para Angola, Brasil e Peru, nas apostas hípicas que vão começar em outubro e no alargamento da rede de mediadores. Edmundo Martinho anunciou que dentro em breve, arrancam mais 149 espaços de venda e em meados do próximo ano, haverá mais 1500.

Os investimentos em curso não ficam comprometidos, mas poderão avançar a um ritmo diferente, salientou.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.