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Hotelaria: Grandes eventos trocam as voltas a novembro

Contrariando o fraco desempenho que a hotelaria tende a revelar nos meses de novembro, os grandes eventos que se realizaram em vários pontos do país permitiram atingir números bastante positivos.
  • Foto: Cristina Bernardo
23 Janeiro 2017, 11h30

De acordo com o AHP Tourism Monitor, programa exclusivo de recolha de dados dos hotéis, realizado mensalmente pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), novembro último registou uma “ótima performance” e manteve o ritmo de crescimento a dois dígitos em alguns dos principais indicadores.

Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, contextualiza estes resultados e destaca o facto de o mês de novembro, tradicionalmente um mês de fraco desempenho da hotelaria, revelar de facto o “forte impacto” que alguns eventos tiveram nos destinos turísticos onde se realizaram. “No caso de Lisboa, a Web Summit provocou uma subida em todos os indicadores, com especial destaque para a taxa de ocupação. Nos Açores, a realização do 28º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo da AHP resultou numa boa performance na taxa de ocupação quarto e na estada média. Também em Coimbra a realização de eventos ligados ao setor da saúde e, no Grande Porto, a maratona EDP, levaram a uma franca melhoria nos indicadores operacionais”, detalha a responsável.

Apesar da influência destes eventos nos resultados, novembro, sublinha ainda Cristina Siza Vieira, confirma a tendência de crescimento verificada em todos os meses do ano de 2016, “o que irá confirmar o resultado muito positivo para a hotelaria no ano transato”, conclui.

Números falam por si

Segundo apurou o AHP Tourism Monitor, a taxa de ocupação quarto em Portugal atingiu os 58% em novembro, representando uma subida de 6,5 p.p. em comparação com novembro de 2015. Apesar dos aumentos em todas as categorias, as unidades de três estrelas destacaram-se neste indicador com uma variação de mais 8 p.p. face ao mesmo mês de 2015.

Quanto aos destinos turísticos nacionais com a taxa de ocupação quarto mais elevada foram a Madeira com cerca de 78%, Lisboa que ultrapassou os 71% e Grande Porto aproximando-se dos 65%.

A manutenção de uma taxa de ocupação acima dos 50% permitiu, de igual forma, subidas tanto no preço médio por quarto ocupado e no RevPAR (receita pro quarto disponível), com aumentos de 12,7% e 26,9% respetivamente. Em termos de RevPAR mantêm-se em destaque os destinos turísticos de Lisboa com mais de 67 euros, seguida da Madeira e do Grande Porto.

Sobre a receita média por turista no hotel importa reter que também registou um aumento de mais 12,2% e foi acompanhada por um crescimento de 4,4% na estadia média, que se fixou em 1,91 dias. Paralelamente, a receita total por quarto disponível apresentou um dos principais aumentos face ao período homólogo do ano anterior em Portugal com mais 23,7%, fixando-se nos 59 euros.

 

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