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Hotelaria: Minho destaca-se num abril “excelente”

De acordo com os AHP Tourism Monitors, abril resultou num “excelente mês para a hotelaria nacional, fruto, por um lado, deste ser já um mês de maior procura hoteleira e, por outro, do efeito Páscoa”. Minho foi o destino com a maior variação na taxa de ocupação e RevPAR.
27 Junho 2017, 11h41

Os dados avançados pelos AHP Tourism Monitors, ferramenta exclusiva de recolha de dados da Hotelaria nacional, trabalhados mensalmente pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, revelam que, em abril deste ano, a taxa de ocupação quarto subiu 8 p.p., em comparação com abril de 2016, atingindo os 76%, um crescimento idêntico ao registado em março de 2016 evidenciando a importância do período de férias da Páscoa na maioria dos destinos turísticos nacionais. No que concerne às categorias hoteleiras nacionais, as unidades de 4 estrelas mantêm o pódio com um acréscimo de 9,6 p.p., refletindo uma taxa de ocupação de 79%.

Sobre estes resultados, Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, sublinha que o mês de abril “foi realmente muito forte para os hotéis portugueses. Já era, tradicionalmente, mas este ano superou todas as expectativas”. Em seu entender, este “crescimento espantoso” em todos os indicadores não é alheio ao efeito Páscoa. “Há destinos, como o Minho e o Alentejo, em que se percebe que esse fator foi decisivo. No acumulado de janeiro a abril, verificamos um bom arranque de ano, com destaque para o RevPAR que tem crescido sempre a dois dígitos. Numa análise aos primeiros quatro meses de 2017, em comparação com o período homólogo e antevendo crescimento análogo para o resto do ano, podemos perspetivar que este será o melhor ano de sempre para a hotelaria nacional”, conclui a responsável.

Quanto à taxa de ocupação, a liderança, por destinos turísticos, segue a tendência dos últimos meses, com a Madeira e Lisboa a ultrapassarem os 85% e o Grande Porto a fixar-se nos 83%. Porém, com os crescimentos mais robustos surgem o Minho (15,1 p.p.), Coimbra (14,6 p.p.) e Alentejo (12,1 p.p.), puxados pelas miniférias da Páscoa e os feriados do 25 de abril e 1 de maio e a consequente importância do mercado interno e espanhol nestes destinos.

Os aumentos na taxa de ocupação resultaram também em incrementos a dois dígitos nos restantes indicadores, em particular no RevPAR (preço médio por quarto disponível) com mais 30%, face ao período homólogo, fixando-se nos 64 euros, com os destinos turísticos do Minho, Coimbra e Viseu a destacarem-se com crescimentos de mais 49%, 46% e 40%, respetivamente, face a abril de 2016. Importa ainda reter que o ARR (preço médio por quarto ocupado) fixou-se nos 84 euros, mais 17% do que no período homólogo, destacando-se ainda um crescimento de 20% das unidades hoteleiras de 4 estrelas e de 15% nas unidades de 5 estrelas, cabendo aos destinos turísticos do Oeste, Algarve e Açores os maiores acréscimos com 25%, 20% e 19%, respetivamente.

Os AHP Tourism Monitors apontam ainda que a receita média por turista no hotel foi outro dos indicadores a registar uma significativa subida, nomeadamente de 6% face a abril de 2016. Os destinos insulares evidenciaram-se tanto em valores absolutos, com a Madeira a obter uma receita média de 290 euros, como em valores relativos, com os Açores a crescerem mais 12% do que em igual período do ano passado.

 

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