A farmacêutica portuguesa Hovione emitiu obrigações no valor de 50 milhões de dólares, com um prazo de vencimento de 15 anos, isto é, até 2033, divulgou em comunicado, esta sexta-feira. A Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos, além de produzir princípios ativos para a indústria farmacêutica mundial. O empréstimo terá uma taxa de juro anual fixa de 4,7%.
As obrigações, denominadas “Hovione 2018-2033”, inserem-se na estratégia da empresa no “reforço da capacidade financeira”, que vai “entrar num novo ciclo de elevados investimentos em capacidade produtiva”, disse o CFO da Hovione, António Almeida.
Coube ao BPI organizar, montar e subscrever a operação.
Foram as condições de mercado que permitiram à Hovione lançar o empréstimo obrigacionista no valor de 50 milhões e com um prazo de maturidade de 15 anos. “O mercado ofereceu-nos um preço competitivo para emitir dívida a 15 anos”, frisou o CEO da empresa, Guy Villax. De resto, o líder da farmacêutica reconheceu que a “Hovione constrói o seu negócio com uma visão de longo prazo”.
Quanto à decisão de emitir dívida em dólares, António Almeida explicou a Hovione pretendeu, assim, “mitigar a exposição cambial de longo prazo que advém de termos uma parte muito significativa da nossa faturação nessa moeda”.
A Hovione, que comemora este ano 60 anos de existência, é uma empresa multinacional e tem, atualmente, laboratórios e fábricas em Portugal, na Irlanda, em Macau e nos Estados Unidos da América.
A empresa, sediada em Loures, é o maior empregador de doutorados em Portugal. No país, a Hovione emprega 220 técnicos e cientistas para a atividade de investigação e desenvolvimento. No mundo inteiro, a farmacêutica emprega 1.700 pessoas, cerca de 66% dos quais trabalham em Portugal.
(atualizada às 18h10 com informação sobre a taxa de juro)
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