HSBC confirma conta secreta do presidente executivo na Suíça

O banco HSBC, envolvido no escândalo de evasão fiscal na Suíça (Swissleaks), reconheceu que o seu presidente executivo Stuart Gulliver mantinha também uma conta bancária no país helvético. O jornal The Guardian noticiou no domingo que Stuart Gulliver, que prometeu tomar medidas para que o branqueamento de capitais e evasão fiscal não voltasse a acontecer […]

O banco HSBC, envolvido no escândalo de evasão fiscal na Suíça (Swissleaks), reconheceu que o seu presidente executivo Stuart Gulliver mantinha também uma conta bancária no país helvético.

O jornal The Guardian noticiou no domingo que Stuart Gulliver, que prometeu tomar medidas para que o branqueamento de capitais e evasão fiscal não voltasse a acontecer no HSBC, manteve milhões de dólares em segredo numa conta na Suíça.

“O senhor Stuart Gulliver é titular de uma conta na Suíça”, disse o banco cotado na bolsa de Londres em comunicado enviado à AFP.

O presidente executivo da instituição bancária “abriu a conta em 1998, quando vivia e trabalhava em Hong Kong, onde colocou os pagamentos de prémios e bónus”, referiu o comunicado, acrescentando que a conta estava em nome de uma empresa do Panamá “por motivos de confidencialidade”.

“Os impostos relativos aos pagamentos de bónus foram todos pagos em Hong Kong. O senhor Gulliver declarou ainda voluntariamente a sua conta na Suíça às autoridades fiscais do Reino Unido durante vários anos”, indicou o comunicado do HSBC.

Stuart Gulliver mudou-se para o Reino Unido em 2003 vindo de Hong Kong, e desde então tem pago “todos os impostos no Reino Unido relativo aos seus ganhos a nível mundial”, acrescentou o comunicado.

As alegações de que o braço bancário do HSBC na Suíça ajudou clientes de mais de 200 países a fugir aos impostos sobre contas no valor de 180 milmilhões de euros causou uma tempestade política na Grã-Bretanha antes de uma eleição fortemente disputada em maio.

O HSBC voltou a pedir desculpa pelo caso ‘Swissleaks’ que manchou a reputação do gigante bancário britânico.

O banco anunciou hoje também que os lucros em 2014 caíram por ter sido um “ano desafiador”, marcado por multas e indemnizações por vendas duvidosas.

O lucro caiu 15% para 13,7 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros) em 2014, comparado com os 18,7 mil milhões de euros de 2013. Os lucros antes de impostos caíram 17% , para 18,7 mil milhões de dólares.

 

OJE/Lusa

Recomendadas

Os benefícios são um fator de competitividade empresarial

Num cenário de escassez de talento, a compensação pode ser decisiva para atrair e reter as pessoas nas empresas. As necessidades e preferências dos colaboradores devem ser tidas em conta. Por Almerinda Romeira e Bianca Marques

Leroy Merlin quer encerrar negócio na Rússia

A empresa quer que a nova administração salvaguarde os empregos dos 45 mil funcionários.

Sumol+Compal sobe salário de entrada para mil euros com retroativos a janeiro

Retribuição de entrada para 2023 inclui salário, com um mínimo de 800 euros, que aumentou 9,5%, subsídio de refeição e prémio de produtividade.