Não há dúvidas: aquecimento global está a agravar-se (e a culpa é do Homem)

Cristian Proistosescu e Peter Huybers, da Universidade de Harvard, acreditam que o ritmo do aquecimento global irá aumentar nos próximos anos. De acordo com as contas dos cientistas, e segundo modelos matemáticos, a temperatura poderá crescer entre 1,6 e 3 graus celsius.

Num artigo publicado no jornal científico Science Advances volta a ficar evidente que a parcela de culpa que cabe ao dióxido de carbono (CO2), libertado por atividades humanas, é maior do que consideramos até aqui. O local do planeta e as políticas dos governantes influenciarão as regiões do globo onde a temperatura mais depressa se fará sentir.

Por exemplo, as terras do hemisfério Norte sentirão mais depressa os efeitos do calor do que as regiões do Pacífico Sul.  Já em 2007, um texto elaborado por especialista da ONU afirmava ser “muito provável”, que as atividades humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis, explicassem a maior parte do aquecimento nos últimos 50 anos.

Um outro estudo, também publicado este ano, mostra que o aquecimento global está a amplificar secas e inundações severas, ao desfazer as poderosas correntes de ar a alta altitude (jet streams), que evoluem de oeste para leste no Hemisfério Norte.

Assim, foi apurado que as condições promotoras da perturbação das correntes de ar aumentaram cerca de 70% desde o início da idade industrial, quando os humanos começaram a carregar a atmosfera com gases com efeito de estufa.

A conferência de Paris, realizada no final de 2016, apelou para a contenção do aquecimento global “bem abaixo” dos dois graus até ao final do século. A manter-se a evolução atual, a temperatura média global da Terra vai aumentar em quatro graus até ao final do século.