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HUUB: a startup portuguesa que bateu a média europeia de financiamento

A tecnológica portuguesa conseguiu um investimento de 2,5 milhões de euros, numa ronda ‘oversubscribed’, podendo anunciar um novo encaixe financeiro em breve.
29 Maio 2018, 11h50

A HUUB, startup portuguesa que opera no ramo da logística fashion, acaba de concluir uma ronda de investimento de 2,5 milhões de euros. Atendendo a que se encontra na categoria de early stage, este montante destaca-se pelo facto de ser três vezes superior ao valor médio de uma ‘seed’ europeia, segundo o European Venture Capital Report.

A Pathena, um dos maiores Venture Capitals de Portugal, assumiu a liderança do investimento que suscitou interesse e propostas em toda a Europa e, em nota oficial, sublinha que a HUUB “construiu e provou um conceito e modelo de gestão de cadeia de abastecimento na moda que combina a otimização das melhores práticas da logística tradicional com a inteligência dos algoritmos que maximizam a performance da sua operação e dos seus clientes””.

A HUUB é responsável pela gestão da cadeia de abastecimento de marcas que operam no mercado fashion à escala mundial. Todos os processos logísticos e de distribuição são geridos pela HUUB, através de uma plataforma tecnológica, o Spoke. Ao tratart das questões da visibilidade juntos dos clientes, esta plataforma permite que a marca se foque apenas na criação das coleções e no plano de vendas em todo o mundo.

Próximos passos rumo à Série A

Alcançado o financiamento, Luís Roque, CEO da HUUB, afirma ao Jornal Económico que será aplicado em dois grandes investimentos: por um lado, na tecnologia, cerca de 40%, e na construção de uma “máquina de vendas”, que superará os 45% do orçamento. “Temos um objetivo duplamente ambicioso, crescer de cerca de 50 marcas para 200 até ao final de 2019. Ao mesmo tempo, apostaremos claramente na retenção dos nossos clientes, um das nossas principais bandeiras nesta ronda de investimento. A junção de ambos os esforços gerará um ‘revenue’ mensal superior a 400 mil euros”, reforça.

Quanto à operação, o responsável garante que continuarão a aumentar a rede de armazéns e a investir na componente de inteligência para otimização da mesma. “A nossa parceria, já estabelecida com a DAMCO, será crucial numa redução de custos de distribuição, que estimamos que possa ser superior a 30%”, esclarece ainda.

Ainda sobre a plataforma, Luís Roque acrescenta que será uma das grandes apostas para garantir escalabilidade do negócio, passando por uma estratégia de expansão do ‘landscape’ de integrações, tanto com os novos parceiros logísticos especializados nos principais mercados, mas também com novos ‘providers’ de lojas de e-commerce e marketplaces. “No nosso roadmap estão também novas apps, como a nossa plataforma B2B, que connecta marcas e retalhistas, e novos algoritmos de Machine Learning que irão tornar a cadeia de abastecimento das nossas marcas cada vez mais eficiente. Estamos a construir um ecossistema para todos os stakeholders, desde fornecedores ao cliente final – o verdadeiro end-to-end – que potencia a capacidade de gestão e estratégia multicanal das nossas marcas”, conclui.

O crescimento da equipa é igualmente visto como crucial na execução dos objetivos da empresa que tem neste momento 21 vagas disponíveis, um processo de recrutamento iniciado ainda antes da ronda de investimento.

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