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IA, robótica e computação quântica serão as tendências de logística do futuro

Este estudo, que revela as tendências que irão moldar a logística do futuro, explica que a Covid-19 está a acelerar as agendas digitais e de automatização, bem como o futuro do trabalho, acrescentando que o crescimento dinâmico dos ‘data analytics’, inteligência artificial, robótica, IoT (Internet das Coisas), Cloud, e API (Interface de Programação de Aplicações) sinalizam um novo normal para a logística.
20 Outubro 2020, 07h55

A IA – Inteligência Artificial, robótica, computação quântica, sustentabilidade e volatilidade global são as cinco tendências da logística do futuro, identificadas pela última versão do estudo ‘Logistics Trend Radar’, da responsabilidade da empresa de correio expresso DHL.

Este estudo, que revela as tendências que irão moldar a logística do futuro, explica que a Covid-19 está a acelerar as agendas digitais e de automatização, bem como o futuro do trabalho, acrescentando que o crescimento dinâmico dos ‘data analytics’, inteligência artificial, robótica, IoT (Internet das Coisas), Cloud, e API (Interface de Programação de Aplicações) sinalizam um novo normal para a logística.

O ‘Logistics Trend Radar’ da DHL retrata ainda avanços na computação quântica, ‘blockchain’, e logística do espaço, concluindo que estas tendências “indicam novos nichos para os fornecedores de logística resolverem problemas de larga escala e criar novos serviços”.

“A sustentabilidade é uma imperativa intersectorial, acelerando a necessidade de inovação no embalamento, planeamento, otimização e gestão de edifícios para reduzir as emissões”, avança um comunicado da DHL.

“Na quinta edição do ‘Logistics Trend Radar’, a DHL revelou, mais uma vez, 29 tendências-chave que irão impactar o setor da logística nos próximos anos. O relatório é o resultado de uma extensa análise de macro e micro tendências, bem como das perceções de uma grande rede de parceiros, incluindo institutos de investigação, ‘players’ de tecnologia, ‘startups’ e clientes”, explica o referido comunicado.

“Para nós, como especialistas em logística, é importante prever os desafios que temos pela frente, e projetar possíveis soluções para que possamos aconselhar os nossos clientes da melhor forma. As mega tendências que continuarão a confrontar-nos não são desconhecidas: novas tecnologias, crescimento do ‘e-commerce’ e sustentabilidade,” diz Katja Busch, Chief Commercial Officer da DHL.

No entanto, esta responsável adverte que “algumas áreas irão evoluir mais rápido do que outras, pelo que existe uma necessidade de compreender as tendências subjacentes e o seu impacto na logística – principalmente devido ao impacto da Covid-19 no comércio global e em toda a força de trabalho”.

“Como líder global em logística, temos os ‘insights’ e a experiência para avaliar a situação”, garante esta responsável.

Segundo os responsáveis da DHL, mais de 20 mil profissionais de logística e peritos em tecnologia partilharam as suas perspetivas sobre o futuro da indústria ao visitar os centros de inovação da empresa nos últimos dois anos.

“Os resultados são consolidados e refletidos no ‘Logistics Trend Radar’, que atua como uma ferramenta de previsão dinâmica e estratégica que acompanha a evolução das tendências apontadas nas edições anteriores, identificando tendências presentes e futuras a cada atualização”, explica o comunicado em questão.

“O próximo grande desafio será preparar a força de trabalho logística para o futuro, através da formação e qualificação em operações cada vez mais tecnologicamente sofisticadas. Isto terá um papel central nas agendas estratégicas das organizações de cadeias de abastecimento nos próximos anos,” afirma, por seu turno, Matthias Heutger, Senior Vice President, Global Head of Innovation & Commercial Development na DHL.

De acordo com este responsável, “o ‘Logistics Trend Radar’ serve como um sismógrafo para tendências futuras”.

“Com base nos dados dos últimos sete anos, conseguimos fazer previsões de longo prazo e assim apoiar os nossos parceiros e clientes na criação de roteiros para os seus negócios, bem como ajudar a estruturar e catalisar outras investigações e inovações líderes no setor. Nesta edição, já conseguimos ver que o impacto da Covid-19 está a acelerar tendências que já estavam em curso – ‘big data analytics’, robótica e automatização, e IoT, todas sustentadas por um progresso constante da inteligência artificial”, assegura Mattias Heutger.

Uma das conclusões incontornáveis deste estudo é a aceleração dos processos de transformação no setor da logística a nível global.

“A quinta edição do ‘Logistics Trend Radar’ indica que estamos a experienciar uma estabilização geral nas tendências dos últimos quatros anos. Contudo, com o setor da logística a atravessar a atual pandemia global, os processos de transformação foram acelerados. A Covid-19 impulsionou mudanças no que diz respeito à recente inovação logística, automatização e trabalho digital mais rapidamente, e acelerou em anos a digitalização da indústria”, garante o comunicado da DH.

Esta nota adianta que, “por outro lado, muitas tendências inicialmente percecionadas como revolucionárias para o setor da logística ainda têm que demonstrar o seu potencial disruptivo”, exemplificando: “os veículos autónomos e ‘drones’ continuam a ser impedidos por desafios legislativos e técnicos, bem como uma aceitação social limitada”.

“Os mercados de logística estão a estabilizar em algumas plataformas líderes, e os transportadores estão a entrar no jogo com as suas próprias ofertas digitais, sustentadas com redes robustas de logística global. Desde o ‘cloud computing’ até à robótica colaborativa, ‘big data analytics’, inteligência artificial e a Internet das Coisas (IoT), os profissionais de logística têm de entender e lidar com um vasto mercado de novas tecnologias. Modernizar todos os pontos de contacto das cadeias de abastecimento, de uma jornada digital ou do consumidor, até ao transporte e entrega no destino final é a nova imperativa para um sucesso a longo prazo. Aqueles que adotam novas tecnologias e melhoram a força de trabalho mais rapidamente, terão uma vantagem competitiva no mercado”, assumem os responsáveis da DHL.

Em paralelo, “o crescimento do ‘e-commerce’ continua a promover a agenda da inovação e sustentabilidade”. É um fenómeno que “está a crescer rapidamente, mas ainda representa apenas uma fração dos gastos globais do consumidor no retalho”.

“Espera-se que o ‘business-to-business e-commerce’ siga o exemplo e diminua o mercado do consumidor por um fator de três. A pandemia do coronavírus serviu não só para acelerar o crescimento do ‘e-commerce’, mas também da agenda da inovação das cadeias de abastecimento. Os principais passos para adotar novas tecnologias, como a automatização física inteligente, ferramentas de visibilidade baseadas na IoT e recursos de previsão de Inteligência Artificial, acabarão por determinar a capacidade de responder às crescentes exigências dos clientes e garantir posições de liderança no setor no futuro”, observa o referido comunicado.

Para os responsáveis da DHL, “com o compromisso dos governos, cidades e dos fornecedores de soluções para cortar nas emissões de CO2 [dióxido de carbono] e no desperdício, a sustentabilidade tornou-se uma imperativa na indústria da logística”.

“Tal como indica a crescente demanda por soluções sustentáveis para reduzir o desperdício, alavancar novas técnicas de propulsão e otimizar instalações também estão no topo da agenda das cadeias de abastecimento. Atualmente, existem mais de 90 proibições nacionais para plásticos de utilização única e embalagens volumosas, causando 40% de espaço vazio nos pacotes, e tornando inevitável repensar as embalagens. A logística sustentável – otimização de processos, materiais, novas técnicas de propulsão e instalações inteligentes – fornece um grande potencial para a logística se tornar mais amiga do ambiente. A contenção inteligente no transporte também será importante no desenvolvimento de formatos mais ecológicos para entrega em cidades congestionadas”, assinala o comunicado da DHL.

A DHL publica regularmente o ‘Logistics Trend Radar’ como um instrumento fundamental para a comunidade de logística global.

“Tanto para a DHL como para toda a indústria, tornou-se uma referência aclamada em estratégia e inovação, bem como uma ferramenta-chave para moldar a direção de tendências específicas, mais recentemente referentes às embalagens, 5G, robótica e gémeos digitais”, conclui o comunicado da empresa do gigante alemão Deutsche Post.

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