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Iberdrola inicia betonagem da barragem de Daivões, no Tâmega

A elétrica espanhola reclama um investimento superior a 1.500 milhões de euros neste projeto e prevê que ele promova a dinamização económica na região, principalmente nos municípios de Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Cabeceiras de Basto, Chaves, Boticas, Valpaços e Montalegre.
9 Maio 2018, 19h23

A Iberdrola deu início à betonagem da barragem de Daivões, um dos empreendimentos que fazem parte do Sistema Eletroprodutor do Tâmega.

Segundo um comunicado da elétrica espanhola, “trata-se da construção de um paredão com aproximadamente 242.000 metros cúbicos de betão, que será erguido ao longo de pouco mais de um ano”.

“Para a concretização desta betonagem irá ser utilizada uma central de produção de betão com capacidade máxima para 200 metros cúbicos/hora e dois ‘blondins’, equipamentos de transporte e colocação do betão que funcionam através de cabos suspensos apoiados nas margens a cotas superiores (…)”, adianta o comunicado da Iberdrola.

Cada ‘blondin’ tem uma capacidade para transportar nove metros cúbicos de betão.

Os responsáveis da Iberdrola adiantam que “os trabalhos de betonagem tiveram início após a escavação da fundação da barragem, tendo-se escavado um volume total de aproximadamente 136.000 metros cúbicos de rocha durante mais de 13 meses”.

A barragem de Daivões vai ter uma altura total de 78 metros e uma extensão de 265 metros.

A Iberdrola acrescenta que esta “é uma barragem do tipo arco-gravidade em betão”.

“Na margem direita do rio e na proximidade da barragem, será construída a central hidroelétrica, provida de dois grupos de geração com uma potência total de 118 MW [Megawatts]. Esta central será alimentada com água proveniente da barragem através de dois circuitos hidráulicos”, explica o referido comunicado.

Situada no rio Tâmega, a jusante do aproveitamento hidroelétrico do Alto Tâmega, a albufeira de Daivões terá uma superfície total prevista de 340 hectares, uma capacidade de 56,2 hectómetros cúbicos, com um comprimento de 11,5 quilómetros e uma largura que ascende no seu ponto máximo aos 800 metros.

“Está previsto o seu enchimento no inverno do ano 2020-21. É importante destacar que esta albufeira irá fazer parte do sistema de bombagem, como albufeira inferior do aproveitamento de Gouvães”, destaca a Iberdrola.

A elétrica espanhola realça que “o Sistema Eletroprodutor do Tâmega, um dos mais importantes projetos hidroelétricos levados a cabo na Europa, nos últimos 25 anos, contempla a construção de três barragens – Alto Tâmega, Daivões e Gouvães – e contará com uma capacidade instalada de 1.158 MW, com uma capacidade estimada de produção anual de mais de 1.760 GWh”.

“Um dos pontos-chave deste projeto – o sistema de bombagem em Gouvães – é um exemplo da aposta da Iberdrola por tecnologias de produção de energia, confirmando o seu posicionamento como líder em energias limpas. De facto, o sistema de bombagem apresenta-se, atualmente, como o mais eficiente método de armazenamento de energia, pois permite gerar uma grande quantidade de energia com um tempo de resposta muito reduzido e sem gerar nenhum poluente para a atmosfera”, destacam os responsáveis da empresa.

Além disso, os responsáveis da Iberdrola consideram que este sistema “é fundamental enquanto salvaguarda para o sistema elétrico, graças à sua grande flexibilidade na resposta às variações da procura e do seu contributo para o aproveitamento máximo da energia renovável, sobretudo eólica, visto que permite armazenar energia, através do enchimento de uma albufeira superior, por bombagem de água, em momentos de menor procura”.

“Esta água será novamente utilizada, em momentos de maior procura, e enviada para uma albufeira inferior gerando, assim, energia”, asseguram os responsáveis da Iberdrola.

A empresa espanhola reclama um investimento superior a 1.500 milhões de euros neste projeto e prevê que ele promova a dinamização económica na região, principalmente nos municípios de Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Cabeceiras de Basto, Chaves, Boticas, Valpaços e Montalegre.

“Estima-se que ao longo do período de construção das barragens irão passar pelas obras cerca de 40.000 trabalhadores”, conclui o comunicado da Iberdrola.

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