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Idosos vítimas de violência doméstica aumentam 34%, alerta a APAV

Cerca de 24 pessoas idosas recorreram aos serviços da APAV por semana, uma média de três pessoas por dia, segundo revelou a associação na véspera do Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência contra as Pessoas Idosas.
14 Junho 2017, 08h21

O número de crimes contra idosos aumentou 34% entre 2013 e 2016, de acordo com dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) divulgados pela agência Lusa. A associação alerta que as mulheres são as principais vítimas, sendo que grande parte sofre em silêncio há mais de 40 anos.

Os agressores são na maioria os filhos (39,6%), o cônjuge (26,5%), mas também há casos em que são os vizinhos (4,4%) e os netos (36%), mostram os dados publicados na véspera do Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência contra as Pessoas Idosas.

“São cerca de 24 pessoas idosas que recorreram aos nossos serviços por semana, uma média de três pessoas por dia, o que demonstra que já reconhecem a associação como uma entidade” que os apoia, disse à agência Lusa Maria Oliveira, técnica da APAV.

Nos três anos em questão, a APAV registou um aumento de 34% nos processos de apoio a idosos, que totalizaram 4.475 casos. Em 2013 foram 941, em 2014 registaram-se 1.068, em 2015 foram 1.205 e em 2016, 1.261. Os dados são “ainda são uma amostra daquilo que acontece na sociedade”, havendo ainda “um grande trabalho a fazer de sensibilização e proteção dos direitos das pessoas idosas”, referiu.

Na maioria, as vítimas são mulheres (79,5%), com idades entre os 65 e 69 anos (26,8%), casadas (42,8%) e a viverem numa família nuclear com filhos (31,7%), o que faz com que a maioria das situações de violência aconteça em casa (48,9%).

O número de agressores contabilizados neste período, ultrapassou o de vítimas (3.612), ascendendo aos 3.782, sendo na maioria homens (68,2%), com idades entre os 65 e os 74 anos, reformados (21%) e desempregados (19%).

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