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Igreja Católica filipina pede aos fiéis que se juntem contra a pena de morte

A câmara baixa do Senado das Filipinas aprovou, na terceira votação, um projeto de lei para punir com a pena de morte vários crimes relacionados com droga, numa política de tolerância zero do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte.
  • Malacanang Photo/Handout via Reuters
8 Março 2017, 10h14

Depois de a Câmara dos Representantes do Governo filipino ter dado luz verde à reintrodução da pena de morte, a Igreja Católica das Filipinas incentivou esta quarta-feira os católicos a oporem-se a esta medida.

“Fazemos um apelo a todos os fiéis católicos e a todos os filipinos que defendem a vida para que continuem a sua oposição ativa à pena de morte”, escreve em comunicado, o arcebispo Socrates Villegas, presidente da Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas.

A Igreja faz um apelo direto a todos os que têm um papel de serviço público, como “advogados, juízes e juristas católicos” que desempenhem as suas funções e que se juntem para que a  reintrodução da pena capital possa ser travada.

Ao abrigo de uma nova política de tolerância zero com as drogas do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, a câmara baixa do Senado aprovado, na terceira votação, um projeto de lei para punir com a pena de morte vários crimes relacionados com droga.

A polémica “guerra contra as drogas” de Rodrigo Duterte causou desde junho do ano passado 7.080 mortos. Desses, 2.555 foram abatidos pela polícia, alegadamente por resistirem às autoridades, 3.603 estão classificados como “mortes sob investigação” e 922 foram casos encerrados sem se identificar os culpados.

Segundo a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional, a campanha de Rodrigo Duterte viola os direitos humanos da população e está a motivar críticas por parte da comunidade internacional.

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