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Marcelo Rebelo de Sousa não vai propor renovação do estado de emergência

Marcelo Rebelo de Sousa transmitiu hoje ao líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, que não vai propor a renovação do estado de emergência. Presidente da República fala ao país às 20 horas para comunicar a sua decisão.
  • Lusa
27 Abril 2021, 15h40

Em reação após a reunião com o Presidente da República, João Cotrim de Figueiredo, deputado único dos liberais, mostrou-se agradado com a reposição de algumas liberdades para a população portuguesa e pediu ainda que seja verificada a “cobertura constitucional e legal” para algumas medidas que se manterão, como a obrigatoriedade do uso de máscara nos estabelecimentos comerciais.

“Hoje tivemos a grata notícia que o Presidente da República se prepara para propor a não renovação do estado de emergência , sujeito obviamente aos contactos com os outros partidos e com o próprio Governo. Teremos chegado ao fim do período do estado de emergência, desta saga que tanto tem prejudicado o país. Todos conhecem a posição da Iniciativa Liberal e para nós é um dia feliz porque vamos deixar de estar em estado de emergência”, disse hoje o líder da Iniciativa Liberal após a chamada com Marcelo Rebelo de Sousa.

“Não passaram ainda todos os problemas que temos em termos pandémicos, mas será agora uma responsabilidade que cada um deverá assumir individualmente”, afirmou João Cotrim de Figueiredo.

Ainda assim, o deputado liberal não compreende a diminuição do número de doses da vacina previstas para Portugal até ao final do ano nem do ritmo diário de vacinação entre a reunião desta terça-feira e a de há duas semanas.

“Espero que não se esteja a adaptar o ritmo de vacinação à capacidade do sistema público de o fazer, em vez de à existência de vacinas, que até agora parecia ser o limite”, apontou, sublinhando que “qualquer semana adicional para atingir a imunidade de grupo pode custar vidas e, certamente, causa sofrimento às pessoas afetadas”.

O líder da IL referia-se à diminuição de 35,8 para 29 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 previstas para entrega este ano, bem como de 165 mil vacinações diárias para 97 mil. Para João Cotrim de Figueiredo, a “boa colaboração entre o sector público e o privado” na testagem deveria servir de exemplo para este processo, como, refere, estaria previsto inicialmente.

Outro aspeto que merece melhor análise prende-se com algumas medidas de contenção que se manterão mesmo sem estado de emergência, como o encerramento dos restaurantes às 13 horas durante o fim-de-semana. Para os liberais, esta decisão “não contribui para a contenção da disseminação da doença”, até porque, como argumentam, estes mesmos estabelecimentos podem operar até ás 22 horas durante a semana.

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