IL pede lista com número e valor de multas da ASAE, ACT e forças policiais em 2022

Para o deputado da IL, como as multas não devem ser um objetivo, é preciso perceber se são exageradas em alguns casos, tendo como propósito “identificar para as eliminar ou reduzir o valor da multa ou da coima, se for esse o caso”.

Carlos Guimarães Pinto

A IL pediu hoje que a Autoridade para as Condições do Trabalho, a ASAE e forças policiais disponibilizem número, o valor total de coimas e multas aplicadas em 2022, bem como distribuição das mesmas pelo tipo de infração.

Em declarações à agência Lusa, o deputado da IL Carlos Guimarães Pinto explicou o objetivo do partido com os três requerimentos a que deu hoje entrada na Assembleia da República e que são dirigidos aos ministérios que têm a tutela dos diferentes organismos em causa.

“Aquilo que estamos a pedir é uma lista por infração do número total de multas e do valor dessas multas e coimas que são aplicadas às pessoas para percebermos exatamente de onde é que vem aqueles 500 milhões de euros de coimas e multas que estão no Orçamento do Estado”, afirmou.

Assim, os liberais querem saber “que tipo de infrações é que são mais penalizadas e quais são as mais recorrentes”, continuou Carlos Guimarães Pinto, considerando que se uma infração for muito recorrente, “mesmo que dê muitas receitas ao Estado”, é preciso “arranjar outros mecanismos” para a evitar.

“Aquilo que queremos saber é quais são as infrações que geram mais coimas e multas no país”, sintetizou, sendo os pedidos referentes a 2022.

Para o deputado da IL, como as multas não devem ser um objetivo, é preciso perceber se são exageradas em alguns casos, tendo como propósito “identificar para as eliminar ou reduzir o valor da multa ou da coima, se for esse o caso”.

“Os pequenos negócios queixam-se de forma muito frequente de serem apanhados em várias pequenas infrações que depois geram multas elevadas. Aquilo que nós estamos a tentar é mapear exatamente quais são as infrações que geram mais receitas em termos de coimas e de multas, perceber se são injustificadas que existam, se o montante da coima também é justificado”, justificou.

Os três requerimentos são dirigidos ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para obter os dados sobre as sanções aplicadas pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), ao Ministério da Administração Interna para as da GNR e da PSP e ao Ministério da Economia e do Mar para apurar as coimas aplicadas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Nestes textos é referido que “uma das fontes de financiamento do Estado que muito afeta os portugueses são as coimas”, considerando que “a informação pública é um direito dos cidadãos e que a transparência e a responsabilidade são valores fundamentais da democracia”.

Assim, e para cada um dos casos, a IL faz quatro perguntas concretas: o número total de coimas e sanções acessórias aplicadas, o valor total de coimas e sanções acessórias aplicadas, a distribuição do número de coimas e sanções acessórias por tipo de infração (e respetiva gravidade) e a distribuição do valor das coimas e sanções acessórias por tipo de infração (e respetiva gravidade).

Recomendadas

Presidentes da Argentina, Bolívia, Equador, Cuba e Uruguai querem visitar Portugal

O Presidente da República disse que “houve contactos bilaterais muito, muito intensos e variados”, durante os trabalhos da 28.ª Cimeira Ibero-Americana. Já o primeiro-ministro referiu que a expectativa de que na presidência espanhola da União Europeia, no segundo semestre deste ano, seja possível avançar com o acordo com o Mercosul, que qualificou como “o mais importante acordo económico que pode existir”.

António Costa diz que divergências com o Presidente da República não abalaram relações “de forma alguma”

Sobre as relações com o chefe de Estado, o primeiro-ministro respondeu: “Se mesmo quando não temos pontos de vista coincidentes na política interna a relação pessoal é boa, em matéria de política externa onde as posições são absolutamente coincidentes a relação só podia ser melhor ainda”. António Costa enquadrou as “divergências políticas sobre casos concretos” como algo “absolutamente normal” que “tem a ver com as funções próprias de cada um” e concluiu que, “portanto, não há nenhuma anormalidade”.

PremiumJakov Milatovic: a esperança da UE para o Montenegro. Ou talvez não

Tem um currículo que impressiona qualquer governo europeu: passagens académicas pela Illinois State University, pela Universidade de Economia e Negócios de Viena (como bolseiro do governo da Áustria), pela Universidade Sapienza, de Roma (como bolseiro da União Europeia) e mestrado em Economia na Universidade de Oxford.
Comentários