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“Imoral”. Luís Montenegro acusa Governo de “meter dinheiro no bolso” em época de crise

“Impostos máximos e serviços mínimos”, criticou o líder social-democrata, reforçando: “Na altura em que os portugueses, as famílias, as empresas dão mais recursos ao Estado, para o Estado cuidar da vida das pessoas, recebem em troca os piores serviços públicos desde que há democracia em Portugal.”
24 Julho 2022, 15h58

O líder do PSD, Luís Montenegro, disse hoje que o Governo socialista liderado por António Costa está a “arrecadar mais receita” através dos impostos e considerou imoral que o executivo “meta dinheiro no bolso” em época de crise.

“É imoral quando as pessoas não têm dinheiro para pagar aquilo que é básico e o Governo esteja a meter o dinheiro das pessoas no bolso e nos cofres do Estado”, afirmou, realçando que em Portugal “nunca se pagaram tantos impostos como agora”.

Luís Montenegro falava no comício da Festa do PSD/Madeira, que hoje decorre na Herdade do Chão da Lagoa, nas montanhas sobranceiras ao Funchal, e que conta com a presença de milhares de pessoas.

“Impostos máximos e serviços mínimos”, criticou o líder social-democrata, reforçando: “Na altura em que os portugueses, as famílias, as empresas dão mais recursos ao Estado, para o Estado cuidar da vida das pessoas, recebem em troca os piores serviços públicos desde que há democracia em Portugal.”

O presidente do PSD subiu ao palco com os militantes e simpatizantes a gritar repetidamente: “Nós só queremos o Luís em São Bento”, ao que, depois, respondeu: “O Luís só para em São Bento”.

“Eu preciso do vosso apoio, porque preciso do vosso estímulo para ser o próximo primeiro-ministro de Portugal. E não é por minha causa, é por causa dos portugueses”, declarou.

O PSD é governo na Região Autónoma da Madeira desde 1976, tendo liderado com maioria absoluta até 2019, ano em que estabeleceu uma coligação com o CDS-PP.

Montenegro disse que o país “está mal” e “cada vez mais pobre”, porque o socialismo traz “pobreza e dificuldades”, e referiu que, nos últimos 27 anos, o PS governou 20, incluindo os últimos sete, que considera ser o período mais crítico.

“Sete anos de António Costa e o que é que nós temos?”, questionou, para logo dar a responda: “Um país mais pobre, um país com as pessoas a amontoarem-se à porta dos hospitais, com escolas com alunos que chegam ao fim do ano sem terem professores em algumas disciplinas, com a nossa economia a ser ultrapassada por todas as economias europeias.”

E concluiu: “Isto tem um responsável e esse responsável chama-se António Costa e o Partido Socialista.”

O líder social-democrata disse que “não vale a pena atirar areia para os olhos das pessoas” face à situação do país e apelou à mobilização dos militantes para “construir com paciência um Governo laranja para Portugal” e para dar ao PS uma “temporada muito grande na oposição”.

“Vamos juntar-nos, vamos unirmo-nos, vamos estar junto do povo, vamos falar daquilo que interessa às pessoas, vamos dizer ao Governo que está a ganhar dinheiro com o aumento dos preços em Portugal e não está a saber estar ao lado daqueles que não têm dinheiro para pagar as contas no final do mês”, afirmou, acrescentando: “Vamos dizer que hoje a alimentação está mais cara, hoje a energia está mais cara, hoje o gás está mais caro, hoje os combustíveis estão mais caros, mas o Governo está a arrecadar mais receita.”

Luís Montenegro sublinhou a importância do PSD/Madeira neste projeto e prometeu apoio da estrutura nacional no aprofundamento do sistema autonómico, nomeadamente através da revisão da Lei das Finanças Regionais e reforço do Centro Internacional de Negócios.

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