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Impeachment: Temer pode conhecer mesmo destino de Rousseff

Presidente do Brasil enfrenta processo que pode levar à sua destituição e a eleições indiretas antes das eleições presidenciais marcadas para 2018.
  • Reuters
4 Abril 2017, 16h19

Teve hoje início o julgamento que pode mudar o comando dos destinos do Brasil. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro vai julgar a queixa apresentada pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 2014, que pediu a cassação da coligação vencedora das últimas eleições, formada pelo atual presidente Michel Temer e pela ex-chefe de Estado Dilma Rousseff.

Caso o Tribunal decida a favor da queixa apresentada, Michel Temer pode ser destituído. O atual presidente poderá, após a decisão do TSE, recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, se este confirmar a sentença, o Brasil teria eleições presidenciais indiretas realizadas por membros do Congresso Nacional antes das eleições diretas de 2018.

Dilma Rousseff e Michel Temer, que sucedeu à ex-líder após o processo de impeachmentpodem perder os direitos políticos por oito anos.

O PSDB acusa a coligação de abuso de poder económico e utilização de recursos de pagamentos não declarados recebido de empresas, que fizeram parte do esquema de corrupção na Petrobras, para financiar a campanha presidencial.

Enquanto a defesa de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade, a defesa de Michel Temer defende que a campanha eleitoral do seu partido tem as contas separadas das da ex-chefe de Estado.

O TSE, composto por sete juízes, já decidiu esta manhã estender o prazo para as defesas apresentarem as manifestações em alegações finais, segundo o jornal brasileiro Estadão.

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