[weglot_switcher]

Impostos sobre lucros extraordinários. Marcelo apela a sacrifício de dividendos das empresas

“As empresas que tenham tido proventos extraordinários devido a uma situação extraordinária, devem ser as primeiras a tomar a iniciativa de maior responsabilidade social”, afirmou. Quanto à aplicação desses impostos, disse que se deve encontrar uma solução justa e considerar “baixar os impostos, ou tomar medidas sociais, aos sectores mais desfavorecidos e que sofrem mais”.
29 Julho 2022, 12h47

O Presidente da República apelou esta sexta-feira a uma maior responsabilidade social das empresas que estão a ganhar mais com a inflação e com a guerra na Ucrânia. “Não podem ignorar aqueles que sofrem à sua volta, têm de investir mais em termos sociais, sacrificando dividendos, a distribuição de lucros, por sua iniciativa”, defendeu Marcelo Rebelo de Sosa, quando questionado sobre a taxação sobre lucros extraordinários.

“As empresas que, por razões várias, tenham tido proventos extraordinários devido a uma situação extraordinária, devem ser as primeiras a tomar a iniciativa de maior responsabilidade social”, afirmou aos jornalistas.

Quanto à aplicação desses impostos, continuou, deve-se encontrar uma solução não retroativa, justa, e abarcar todos aqueles que devem ser abarcados. Assim, a taxar-se os lucros extraordinários das empresas, deve-se considerar “baixar os impostos, ou tomar medidas sociais, aos sectores mais desfavorecidos e que sofrem mais”.

Questionado pelos jornalistas sobre se o Governo deve agir caso as empresas não tomem essa iniciativa, Marcelo diz que não quer adiantar-se a debates sobre esse assunto.

O Presidente da República foi antes disso abordado sobre os números da inflação, endereçados por si no Fórum Eurafrican, em Carcavelos, ao dizer que eram expectáveis e passíveis de durar enquanto se arrastar a guerra.

Aos jornalistas, afirmou: “Temos os pés no chão, sabemos a situação de crise que se vive por causa da guerra, e as suas consequências, como a inflação crescente. Vai ser um período difícil, que existe resistência e capacidade de decisão rápida, se for necessária”.

“Também falámos [no Fórum] que a Europa tem de olhar mais para África, na colaboração íntima entre Portugal e Cabo Verde, mas para além dos políticos, também das comunidades” da diáspora, acrescentou.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.