O enfraquecimento dos resultados da Impresa no último ano torna-a mais vulnerável a movimentos de fusão e aquisição (M&A, sigla em inglês), considera o BPI numa nota de Equity Research, frisando que os pretendentes não terão necessariamente ser do setor das telecoms como tem sido veiculado na imprensa.
Na análise, o BPI recorda que têm surgido rumores sobre o eventual interessa da Altice, dona da PT Portugal, para comprar a Mediacapital, detentora da TVI, e que “poderia despoletar um cenário de M&A para a Impresa”. Adianta que se a Altice tiver sucesso numa investida para adquirir a Mediacapital e conseguir integrar um canal de televisão em sinal aberto com uma operadora de telecom isso representaria “uma mudança no paradigma que provavelmente levaria a uma situação no qual a Impresa seria um alvo”.
Os analistas do BPI não acreditam que o regulador permita uma consolidação entre um operador de telecomunicações e um canal de televisão em sinal aberto, mas realçam que “por outro lado, a situação financeira da Impresa piorou nos últimos 12 meses e a empresa está mais vulnerável a movimentos de M&A que não têm necessariamente de vir de operadores de telecom”.
O BPI cortou em janeiro o preço-alvo para a Impresa em 59% para os 0,28 euros, devido a novas estimativas para o mercado de publicidade em Portugal, o cenário macroeconómico e os resultados do terceiro trimestre da Impresa, período no qual as receitas tombaram 14% em termos homólogos.
“Apesar da desempenho significativamente fraco dos últimos meses, existe potencial em termos fundamentais para uma subida face à cotação atual”, referiu, concluindo que “além do mais, acreditamos que a Impresa é um alvo atrativo de uma perspetiva de M&A, o que deverá dar algum apoio ao preço das ações”.
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