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Impresa: trabalhadores informados sobre interessados na compra de revistas

“Os trabalhadores foram completamente apanhados de surpresa e a última coisa em que estavam a pensar era que iam perder os seus postos de trabalho”, diz a comissão de trabalhadores.
  • Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa.
30 Agosto 2017, 20h58

O CEO da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, já informou os trabalhadores que existem interessados na compra de alguns títulos do grupo, incluindo a revista Visão. A conversa entre o presidente da Comissão Executiva do grupo Impresa e a Comissão de Trabalhadores da Impresa Publishing aconteceu esta quarta-feira, segundo a agência Lusa.

Apesar de não haver ainda um prazo, o plano é que a venda seja concluída com rapidez, sendo que não se sabe ainda que publicações serão vendidos pelo grupo que detém aActiva, a Blitz, a Caras, a Caras Decoração, a Courrier Internacional, a Exame, a Exame Informática, o Jornal de Letras, a Telenovelas, a TV Mais, a Visão, a Visão História, a Visão Júnior e o Expresso.

Francisco Pedro Balsemão a informou os trabalhadores que “já existem interessados na compra de algumas das publicações da Impresa Publishing e que a administração pretende encerrar o processo de venda ‘o mais rapidamente possível’”, de acordo com um comunicado da CT, citado pela Lusa. “Todavia, não se quis comprometer com qualquer prazo”.

“O grupo continua a avaliar o portefólio e pretende vender, e não fechar, ‘a maioria, senão mesmo todas’, das 13 publicações em causa, de modo a concentrar-se preferencialmente nas marcas SIC e Expresso, por terem mais potencial ‘no audiovisual e no digital’”, acrescentaram os representantes dos trabalhadores.

A reunião aconteceu a pedido da comissão, depois de a empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão ter anunciado que pretende reduzir o número de revistas que detém, para se focar na televisão e no negócio digital, em linha com o plano estratégico até 2019.

Uma das principais preocupações são os cerca de duas centenas de trabalhadores, cuja situação não está assegurada. “Os trabalhadores foram completamente apanhados de surpresa e a última coisa em que estavam a pensar era que iam perder os seus postos de trabalho”, refere ainda o comunicado da comissão.

Segundo a CT, Francisco Pedro Balsemão “ficou também de avaliar a possibilidade de se dirigir oportunamente aos trabalhadores, a fim de explicar ele próprio a situação em que o grupo se encontra”, tendo-se ainda comprometido a “manter a CT, e consequentemente os trabalhadores, a par dos acontecimentos”.

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