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Incêndios. Madeira insiste no financiamento do meio aéreo pelo Estado

“A responsabilidade do Governo da República para com a proteção de todos os seus cidadãos não se esgota nas pessoas que vivem no continente, estende-se às pessoas que vivem na Madeira e nos Açores”, disse o secretário da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, reforçando que “a Madeira nunca desistirá deste desiderato”.
26 Agosto 2022, 16h04

A Madeira vai continuar a insistir para que o meio aéreo de combate a incêndios florestais seja financiado pelo Estado, disse hoje o secretário da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, indicando que já foram efetuadas 26 missões este ano.

“A responsabilidade do Governo da República para com a proteção de todos os seus cidadãos não se esgota nas pessoas que vivem no continente, estende-se às pessoas que vivem na Madeira e nos Açores”, disse o governante, reforçando que “a Madeira nunca desistirá deste desiderato”.

Pedro Ramos falava no decurso de uma visita às equipas do POCIR 2022 – Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais, no miradouro das Neves, no Funchal.

“A região não desistiu nem vai desistir do financiamento do meio aéreo pela República, porque é, de facto, uma responsabilidade da República para com as regiões autónomas”, disse, adiantando que, este ano, o helicóptero de combate a incêndios já efetuou 26 missões e 36 horas de voo no âmbito do POCIR.

O plano na Região Autónoma da Madeira vigora entre 15 de junho e 30 de novembro.

O governante indicou, por outro lado, que neste período estiveram já no terreno cerca de 1.500 equipas, envolvendo mais de 5.000 operacionais, em ações de vigilância e fiscalização, tendo percorrido quase 100 mil quilómetros.

Até à data, não se registaram no arquipélago incêndios de grandes dimensões.

“Estamos muito satisfeitos pela forma como esta vigilância tem sido feita por todas as corporações através das equipas do POCIR”, disse o governante, destacando a importância do meio aéreo no ataque inicial aos fogos e nas zonas de menor acessibilidade.

Pedro Ramos sublinhou que o financiamento do helicóptero consta dos programas do Governo da República desde 2018, mas continua a ser custeado apenas pelo Orçamento da Madeira.

A região pretende que o Estado assuma o custo pelo menos entre junho e novembro — cerca de dois milhões de euros –, por ser o período de vigência POCIR no arquipélago.

O Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais é coordenado pelo Serviço Regional de Proteção Civil e abrange todo o território do arquipélago da Madeira, assentando na cooperação dos corpos de bombeiros com os municípios e vários organismos e instituições, nomeadamente o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, o Comando Territorial da Madeira da GNR, as Forças Armadas e o Comando Regional da PSP da Madeira.

O Governo Regional (PSD/CDS-PP) decretou a atribuição de um apoio financeiro, no valor de 1,1 milhões de euros, às associações humanitárias de bombeiros e às câmaras municipais no período de vigência do POCIR 2022.

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