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Incêndios: Marcelo diz que medidas para os próximos dias são anunciadas 6.ª feira

O Presidente da República afirmou que na sexta-feira serão anunciadas as medidas para os próximos dias devido ao risco de incêndio.
18 Agosto 2022, 20h33

O Presidente da República afirmou esta quinta-feira que na sexta-feira serão anunciadas as medidas para os próximos dias devido ao risco de incêndio e alertou que as próximas duas semanas se preveem difíceis.

“Amanhã haverá uma conferência de imprensa em que será anunciado o conjunto de medidas que se entende que são adequadas para os próximos dias e semanas. Isso deve ser visto de uma forma muito firme, mas muito serena porque se tem a convicção de que apesar de tudo não estamos perante a situação dramática que justificou aquele apelo inicial e aquele bloco de medidas iniciais”, disse aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa no final do ‘briefing’ operacional na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Lisboa.

De acordo com o Presidente da República, se for preciso adotar mais medidas caso as circunstâncias evoluam negativamente, “quem tem de as adotar não deixará” de o fazer. Marcelo disse ainda que se prevê “duas semanas difíceis” pela frente.

“Não vou antecipar as medidas. A função do Presidente da República não é essa, não é substituir-se a outras instâncias de poder. É ter a noção de que são as medidas adequadas, mas não tão gravosas quanto medidas mais intensas que foram adotadas quando nos encontrámos aqui da última vez”, respondeu.

O Presidente sublinhou, por outro lado, “uma unidade em termos de poder político” no combate aos incêndios, assegurando que todas as entidades no terreno estão preparadas para o que se espera nas próximas semanas. “Pude verificar que há da parte de todas as entidades envolvidas no terreno uma preparação cabal para aquilo que nos pode esperar nas próximas semanas”, disse aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa no final do ‘briefing’ operacional na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Lisboa.

O Presidente da República constatou ainda que há uma “noção exata” de que o país está a “enfrentar um desafio que é de todos e portanto deve ser assumido por todos”.

“E há uma unidade em termos de poder politico, envolvendo no poder político o Presidente da República, o Governo, mas também aqueles que têm tido um protagonismo importante e para os quais vai uma palavra minha”, enalteceu, referindo-se aos autarcas que têm sido “inexcedíveis no terreno neste período”.

Marcelo Rebelo de Sousa quis ainda deixar “uma palavra muito especial para os operacionais que estão há semanas, hora após hora, numa dedicação sem limites”, prestando homenagem ao subchefe Carlos Antunes, que morreu durante o combate a um incêndio nas Caldas da Rainha, considerando que “é um exemplo de quem independentemente das suas condições físicas se disponibilizou para ir combater os fogos”.

“No fim das campanhas naturalmente se vai olhar e vai ver como é que foi em termos absolutos e em termos relativos, em termos de vitimas, em termos de populações atingidas, em termos de destruições materiais, para além da destruição desse bem fundamental que é o bem da natureza, da biodiversidade e do património do país”, remeteu, quando questionado sobre as responsabilidades políticas sobre as falhas e descoordenações no combate aos fogos. Para o chefe de Estado, “os operacionais têm sido extraordinários”.

“Como me dizia no outro dia um presidente da câmara, estes fogos – é um presidente da câmara com uma experiência autárquica grande – são muito diferentes daqueles a que eu estava habituado”, enfatizou, realçando “fatores que mostram a severidade da seca, a severidade das temperaturas, os níveis de humidade e o problema dos ventos”. Na análise de Marcelo Rebelo de Sousa, “há novas realidades nestes fogos”, quer em Portugal quer noutros países.

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