[weglot_switcher]

Incerteza abala bolsas europeias depois de Pyongyang disparar novo míssil

Os investidores mostram-se cautelosos depois de a Coreia do Norte ter lançado esta manhã um novo míssil que terá sobrevoado o Japão. O lançamento acontece dias depois de a ONU ter aprovado um novo agravamento das sanções aplicadas ao país.
  • Lucas Jackson/Reuters
15 Setembro 2017, 11h21

O principal índice nacional segue a negociar no vermelho na sessão esta sexta-feira, pressionado pelas quedas do BCP e da Galp Energia. O PSI 20 perde 0,39% para os 5.181,03 pontos, numa altura em que nas praças europeias aliviam ganhos depois de seis sessões consecutivas de ganhos.

O BCP é a cotada a registar a maior queda. O banco liderado por Nuno Amado cai 2,36% para os 0,210 euros, depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter divulgado esta sexta-feira um relatório sobre Portugal onde considera que o setor da banca apresenta ainda “debilidades críticas” que, juntamente com a dívida pública, podem condicionar o crescimento económico português. O FMI chama a atenção para o crédito mal parado e para um sistema bancário com pouca rendibilidade, que se têm traduzido num elevado endividamento do país.

A Galp Energia está também em terreno negativo, a perder 0,59% para os 14,300 euros. A cair estão também a NOS (-0,51%), a Jerónimo Martins (-0,45%), a Semapa (-0,69%) e a Altri (-0,03%).

Em contraciclo destaca-se a Ibersol, que lidera os ganhos, com uma valorização de 3,72 eu% para os 12,550 euros. No setor da energia, a EDP sobe 0,57% para os 3,350 euros, a EDP Renováveis avança 0,06% para os 7,063 euros e a REN soma 0,18% para os 2,774 euros.

A impedir maiores perdas estão também a Sonae, líder do setor retalhista, que sobe 0,92% para os 0,985 euros, assim como a Mota-Engil (2,27%), a Pharol (2,49%), os CTT (0,55%) e a Novabase (0,28%).

Na Europa, as congéneres europeias negoceiam mistas. O DAX, principal índice alemão sobe 0,15%, o CAC 40 francês soma 0,05% e o espanhol IBEX 35 valoriza 0,05%. Em sentido contrário, a praça britânica FTSE 100 perde 0,96%.

Nos mercados acionistas europeus, os investidores mostram-se cautelosos depois de a Coreia do Norte ter lançado esta manhã um novo míssil que terá sobrevoado o Japão. Este é o segundo míssil lançado no espaço de um mês e acontece depois de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ter aprovado um novo agravamento das sanções aplicadas ao país.

Os investidores estão ainda atentos à reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro e da União Europeia em Tallinn, Estónia. Na reunião de dois dias será discutido o reforço das relações económicas entre os Estados-membros. Esta sexta-feira será também conhecido o saldo da balança comercial da Zona Euro registado em julho, a ser divulgado pelo Eurostat.

Por cá, a agência de notação financeira Standard & Poor’s pronuncia-se sobre a evolução do rating de Portugal. Dentro das três grandes agências (Moody’s, S&P e Fitch), esta é a única que mantém a perpetiva sobre Portugal inalterada, no patamar de BB+, tendo apontado como riscos o aumento da dívida pública com a injeção de capital na Caixa Geral de Depósitos.

Depois da Fitch e da Moody’s terem revisto em alta a perspetiva sobre Portugal, a agência de notação Standard and Poor’s poderá também fazê-lo esta sexta-feira. As três mantêm o rating da República no nível de ‘lixo’, mas a melhoria da perspetiva poderá dar indicações positivas sobre uma eventual saída deste patamar.

No mercado petrolífero, o brent ganha 0,09% para os 55,52 dólares por barril e o crude perde 0,02% para os 49,88 dólares.

No mercado cambial, o euro valoriza 0,21% para 1,194 dólares e a libra ganha 1,31% para 1,357 dólares.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.