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“Indesejáveis”. Facebook admite ter 270 milhões de contas ilegais

O Facebook admitiu que até 270 milhões das contas da rede social são duplicadas ou falsas, um valor que mais do que duplicou no terceiro trimestre do ano, face ao anterior.
2 Novembro 2017, 13h58

Tendo ultrapassado os dois mil milhões de utilizadores no terceiro trimestre do ano, a rede social Facebook possui entre 2 e 3% de contas que são “indesejáveis e mal classificadas quanto aos utilizadores”, a forma simpática de a administração da empresa que tem o mesmo nome da rede social dizer que tem cerca de 270 milhões de contas falsas, o que levanta algumas questões quanto à sua vulnerabilidade, principalmente numa altura em que muito se especula sobre a possível interferência da Rússia em eleições um pouco por todo o mundo.

O número de contas “indesejáveis” nesta rede social mais do que duplicou quando comparados os dados do segundo e terceiro trimestres deste ano, subindo de cerca de 1% para entre 2 e 3%. Além disso, cerca de 10% das contas do Facebook são duplicados de utilizadores reais, um valor que está 4% acima do estimado no trimestre anterior, o que permite inferir que cerca de 13% das contas desta rede social são ilegítimas.

Na apresentação dos seus resultados financeiros relativos ao terceiro trimestre deste ano, o Facebook atribuiu este aumento às melhorias dos algoritmos que monitorizam a rede e detetam estas contas falsas. A empresa cataloga como falsas páginas de empresas e organizações erradamente classificadas como perfis, mas também as contas criadas para spamming ou outras atividades ilegalizadas dentro da rede. Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, afirmou na passada quarta-feira que os esforços da empresa no sentido de apertar o cerco aos abusadores poderão influenciar a rentabilidade da empresa no futuro.

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