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Indra vai reduzir em 50% emissões de CO2 até 2030 e tornar-se neutra em carbono até 2050

Todos estes objetivos já foram aprovados pelo Comité de Sustentabilidade da Indra, assim como o marco intermediário de atingir zero emissões de consumo de energia até 2040, assumem os responsáveis da empresa espanhola.
18 Janeiro 2021, 20h22

A Indra decidiu assumir os novos objetivos recomendados pela ONU – Organização das Nações Unidas face às alterações climáticas, assegurando que irá reduzir em 50% as suas emissões de CO2 até 2030 e tornar-se neutra em carbono até 2050.

“A Indra assumiu o compromisso de reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), de acordo com objetivos mensuráveis ​​e baseados na ciência, para ajudar a limitar o aquecimento global a um máximo de 1,5 graus e fixou a meta de reduzir a zero a suas emissões líquidas até 2050. Este compromisso está de acordo com a Agenda 2030 e o Acordo de Paris, bem como com a iniciativa ‘Science Based Target’ (SBTi), à qual a Indra aderiu”, revela um comunicado da empresa espanhola.

De acordo com este documento, “a Indra estabeleceu metas ambiciosas para reduzir em 50% as emissões de Gases de Efeito Estufa até 2030, de acordo com as metas baseadas na ciência (SBT) de âmbito 1 e 2, que se referem fundamentalmente às emissões derivadas do consumo de combustíveis fósseis e eletricidade nos seus centros laborais”, acrescentando que “estes objetivos têm 2019 como ano base, o que é uma grande exigência de forma a cumprir com os prazos”.

“Mas o que representa um verdadeiro salto qualitativo na via para a descarbonização da Indra é a inclusão de compromissos a longo prazo e o alargamento da cobertura, após uma análise exaustiva das fontes de emissão mais relevantes na sua cadeia de valor. Assim, a empresa assume o nível máximo de ambição para limitar o aquecimento global a um máximo de 1,5 graus, quando a SBTi aceita um objetivo de até 2 graus, e compromete-se a ser totalmente neutra em carbono até 2050, transferindo esta exigência a toda a sua cadeia de abastecimento”, assinalam os responsáveis da Indra.

Segundo o comunicado em questão, “a Indra dá um grande passo na sua ambição climática ao ampliar o perímetro da sua descarbonização, com objetivos do SBT para o âmbito 3, que incluem a redução, e eliminação final, das emissões provenientes principalmente das compras a fornecedores, bem como das viagens de negócios e deslocações habituais (pendulares) dos colaboradores”.

“Todos estes objetivos já foram aprovados pelo Comité de Sustentabilidade da Indra, assim como o marco intermediário de atingir zero emissões de consumo de energia até 2040 e reduzir as emissões de âmbito 3 em 50%, em relação ao ano base 2019”, adiantam os responsáveis da Indra, adiantando que “os objetivos definidos pela Indra são globais, o que significa uma complexidade acrescida tendo em conta que a empresa tem quase 200 instalações em mais de 40 países onde está presente, cerca de 50 mil colaboradores e mais de sete mil fornecedores, o que torna especialmente difícil a gestão das emissões do âmbito 3 da pegada de carbono”.

Os responsáveis da Indra assumem que, “para conseguir alcançar estas metas exigentes, a empresa vai ativar diferentes iniciativas para implementar medidas de eficiência energética, aumentar o uso de energia verde, realizar compras com uma menor pegada de carbono e promover uma mobilidade mais sustentável, entre outras”.

A Indra recorda também que a iniciativa SBTi, a que a empresa aderiu, impulsionada pelo Pacto Mundial das Nações Unidas, o ‘Carbon Disclosure Project’ (CDP), o Instituto de Recursos Mundiais (WRI) e a WWF (World Wildlife Fund for Nature), tem como objetivo aumentar o compromisso das empresas com a gestão sustentável e promover soluções mais ambiciosas face às alterações climáticas e a transição para uma economia baixa em carbono.

“Os objetivos globais e mais concretos para a redução de emissões que a Indra apresentou, serão avaliados e validados de forma independente por técnicos especialistas da SBTi, de acordo com o que os cientistas climáticos dizem ser necessário para cumprir as metas do Acordo de Paris. A aprovação destes objetivos, prevista para os próximos meses, converteria a Indra numa das cinco empresas do Ibex 35 com os seus objetivos baseados na ciência aprovados pelo SBTi. Além disso, a empresa terá de reportar anualmente o progresso em relação a estes objetivos”, garantem os responsáveis da Indra.

A administração da Indra salienta o papel chave da tecnologia neste processo: “além de combater as mudanças climáticas adotando melhores práticas nas suas políticas corporativas, a Indra desempenha um papel chave na ação global pelo clima e na transição energética através da sua oferta de soluções em matéria de eficiência energética, a redução do impacto ambiental das cidades, a mobilidade sustentável ou a prevenção e mitigação dos efeitos de mudança climática, entre muitos outros”, pelo que, “com a sua tecnologia, a Indra ajuda governos e empresas a serem mais eficiente e sustentáveis”.

“Os novos objetivos da Indra de redução de emissões mensuráveis e baseados na ciência são uma das ações previstas no Plano Diretor de Sustentabilidade 2020-2023, que pretende reforçar o modelo de governação responsável da Indra, potenciar a tecnologia com impactos no desenvolvimento sustentável e contribuir ativamente para o combate às mudanças climáticas. As iniciativas climáticas do Plano Diretor de Sustentabilidade estão encaminhadas, fundamentalmente, a cumprir com estes exigentes objetivos SBT e a desenvolver uma oferta específica de sustentabilidade que inclui novas soluções e serviços que contribuem para mitigar as alterações climáticas, entre outros”, conclui o comunicado da Indra.

A Indra assume-se como uma das principais empresas globais de tecnologia e consultoria e o parceiro tecnológico para as operações chave dos negócios dos seus clientes em todo o mundo.

Reclama ser líder mundial no fornecimento de soluções próprias em segmentos específicos dos mercados de transporte e defesa, e uma empresa líder em consultoria de transformação digital e tecnologias da informação em Espanha e na América Latina através da sua filial Minsait.

“O seu modelo de negócio está assente numa oferta integral de produtos próprios, com um enfoque ‘end-to-end’, de alto valor e com uma elevada componente de inovação”, observam os responsáveis da Indra.

No exercício de 2019, a Indra registou um volume de vendas de 3.204 milhões de euros, empregando 49 mil colaboradores, mantendo uma presença local em 46 países e desenvolvendo projetos em mais de 140 países.

Em Portugal desde 1997, a Indra, com escritórios em Lisboa e no Porto, “a empresa integra alguns dos projetos mais inovadores que são chave para o desenvolvimento económico e tecnológico no país nos sectores de transporte & defesa, e nas tecnologias de informação (TI), através da sua filial Minsait”.

 

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