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Indústria de curtumes em guerra com Câmara de Alcanena

Resgate da concessão de uma ETAR pode colocar em risco fileira que gera mais de 300 milhões de euros, exporta 65% e emprega três mil pessoas.
14 Junho 2019, 10h45

A indústria nacional de curtumes valia cerca de 300 milhões de euros no final de 2016, mas os dados dos anos mais recentes, ainda não fechados, deverão evidenciar um crescimento constante. A acompanhar essa evolução está o ritmo de expansão das vendas na frente externa. Em 2014, esta indústria atingiu uma quota exportadora direta superior a 35%, o que traduziu uma multiplicação por sete face aos 20 anos precedentes. Um ritmo alucinante que se prolongou de 2014 até aos dias de hoje, em que a quota de exportação desta fileira industrial já deve rondar os 60%.

Quem fala em indústria de curtumes em Portugal, fala obrigatoriamente de Alcanena, onde se concentra 90% do ‘cluster’, que no nosso país equivale a cerca de 65 empresas, empregando, de forma direta e indireta, cerca de três mil pessoas. E é tudo isto que a APIC – Associação Portuguesa da Indústria de Curtumes diz estar em risco com a decisão da Câmara Municipal de Alcanena (CMA), de resgatar a concessão da ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais industriais do concelho e transferi-la para uma empresa municipal, a Aquanena.

Em causa está o impacto negativo que esta medida pode trazer à fileira nacional do couro – calçado, têxtil, transportes, moda e mobiliário, com cerca de duas mil empresas, responsáveis por 45 mil postos de trabalho em Portugal e um volume de negócios que ronda os 2.600 milhões de euros anuais.

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