[weglot_switcher]

Indústria portuguesa da construção metálica vale 2.350 milhões de euros

Setor reúne-se hoje em Lisboa para debater a durabilidade, sustentabilidade e inovação, numa área que exporta 80% da produção.
26 Janeiro 2017, 07h25

A indústria portuguesa de construção metálica encerou o ano passado com um volume de negócios que rondou os 2.350 milhões de euros.

Desse montante, cerca de 80% dirigiram-se para a componente exportadora, o que correspondeu a uma facturação de cerca de 1.885 milhões de euros.

Segundo as informações recolhidas pelo Jornal Económico, os principais mercados de exportação do setor nacional da construção metálica são os países da Europa, com maior predominância da França, ‘Benelux’ (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e Inglaterra.

Os países do Norte de África e os PALOP, países de expressão oficial portuguesa, são os outros alvos das exportações da construção metálica nacional.

Algumas empresas portuguesas do setor, reunido sob a Portugal Steel, começam a referir a existência de oportunidades de exportação para novos mercados na América Latina e Central e África Central.

É neste cenário de crescimento e de reforço das exportações que arranca hoje a conferência anual do setor, designada “Construção Metálica, como aliar a durabilidade à sustentabilidade e inovação”.

Também designada por ‘Steel Talk’, esta conferência irá ter lugar hoje, em Lisboa, no LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, numa iniciativa organizada pela CMM – Associação Portuguesa da Construção Metálica e Mista e pelo próprio LNEC.

Debater os principais desafios e potencialidades da durabilidade das construções metálicas em Portugal e as novas soluções ao nível das ligas metálicas, revestimentos de superfície e proteção anticorrosiva do aço são alguns dos temas desta ‘Steel Talk’.

“Nos últimos anos, o setor da construção metálica nacional tem vindo a afirmar-se mundialmente, tendo exportado em 2016 cerca de 80% da sua produção. Mas, para responder ao aumento da procura e garantir a qualidade foi necessário apostar na inovação, que tem registado dos últimos anos, constante evolução para fazer face às exigências do mercado, que prevê, cada vez mais, construção sustentável, eficiência energética, edifícios ecológicos, energias verdes e renováveis”, explica um comunicado da CMM.

De acordo com esta associação, “a construção em aço reduz os impactos ambientais, é versátil, 100% reciclável e em consonância com o conceito de desenvolvimento sustentado”.

“O desafio que agora se coloca prende-se com a durabilidade dos materiais utilizados nas construções metálicas, que de forma direta, influenciam a qualidade e a sustentabilidade das construções”, defendem os responsáveis da CMM.

Para Luís Simões da Silva, presidente da CMM, “a construção metálica tem vindo a ser cada vez mais incluída em projetos relacionados com as energias verdes e renováveis, projetos cada vez mais encarados como fundamentais para a sustentabilidade e o próprio desenvolvimento da humanidade”.

 “Neste âmbito, e uma vez que a durabilidade dos materiais vai influenciar a sustentabilidade dos projetos, consideramos importante debater as diversas técnicas de proteção contra os elementos, nomeadamente a corrosão, seja com recurso a revestimento metálico ou pintura”, acrescente este responsável.

Luís Simões da Silva sublinha que “a construção metálica assume 2,4% da exportação nacional e representa 2% do PIB naciona;l e só foi possível atingirmos estes valores graças à alta qualidade dos nossos materiais, que tem registado uma evolução tecnológica determinante e oferece hoje uma vasta gama de materiais, como aços estruturais e ligas de alumínio de elevada resistência à corrosão atmosférica e que permitem assegurar durabilidade”.

 “No entanto, o receio da corrosão origina, algumas vezes, questões relacionadas com a durabilidade dos materiais utilizados. Esta conferência pretende assim desmistificar estas temáticas, e vai discutir os métodos e técnicas, que têm vindo a ser desenvolvidos e que vão contribuir para a duração das construções metálicas e para a continuidade da afirmação deste setor no panorama mundial», conclui o presidente da CMM.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.