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INE: Custo médio com trabalhadores no público sobe 3,5% devido ao descongelamento de carreiras

O custo médio por trabalhador no setor público pode ser “explicado pelo pagamento faseado do descongelamento de carreiras”, segundo o INE.
14 Maio 2019, 12h18

No primeiro trimestre, o índice de custo do trabalho (ICT) registou um aumento homólogo de 1,0%, com os custos salariais a acrescerem 0,7% e os outros custos de trabalho a crescer 2,1%, divulgou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A variação do ICT também resultou do aumento de 2,3% do custo médio por trabalhador, que foi compensado pelo acréscimo de 1,2% relativamente ao número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador.

No setor privado da economia, o ICT registou uma quebra homóloga de 0,3%, sendo que nas atividades do setor público que apresentou um acréscimo de 3,7%, comparativamente a igual período de 2018.

Nas “atividades económicas que incluem maioritariamente (mas não exclusivamente) atividades na esfera do sector público”, o INE registou um aumento homólogo de 3,7%, uma vez que os custos salariais e outros custos apresentaram um aumento de 3,3% e 5,1%, seguindo a mesma ordem.

Nestas atividades, o custo médio por trabalhador também apresentou um aumento de 3,5% que, segundo o INE, pode ser “explicado pelo pagamento faseado do descongelamento de carreiras” no setor público. Aqui, o número de horas efetivamente trabalhadas por cada trabalhador apresentou uma diminuição na ordem dos 0,3%.

Relativamente ao setor privado da economia, os custos salariais diminuíram 0,4%, enquanto os outros custos aumentaram 0,1%. O custo médio por cada trabalhador aumentou 2,0% e o número de horas por cada também aumentou 2,3%, em comparação com o primeiro trimestre de 2018.

O ICT na indústria do setor privado diminuiu 1,9% e na construção também caiu 2,5%. Já os serviços apresentaram um ligeiro aumento de 0,6%.

Segundo os dados do INE relativos à indústria, os custos salariais diminuíram 1,9% e os custos do trabalharam seguiram a queda, caindo 2,0%. No entanto, o custo médio por trabalhador aumentou 1,4% e o número de horas trabalhadas também aumentou 3,2% em relação ao período homólogo.

Na construção, os custos salariais também apresentaram uma quebra de 2,5% e os custos do trabalho diminuíram 2,3%. Enquanto o número de horas efetivamente trabalhadas aumentou 2,8%, o aumento do custo médio por trabalhador foi mais ligeiro, crescendo apenas 0,4%.

Os serviços no setor privado foram os únicos que apresentaram um aumento, ainda que ligeiro, em todos os seus pontos chave. Sendo que os custos do trabalho aumentaram 1,1%, os custos com os salários cresceram 0,4% em relação a 2018. O custo médio com cada trabalhador também apresentou um aumento de 2,% e o número de horas trabalhadas aumentou na ordem dos 1,9%.

A variação homóloga do ICT para o conjunto da União Europeia foi de 2,8%, no último trimestre de 2018. Cerca de 14 países posicionaram-se acima da média da União Europeia, com destaque para a Roménia que apresentou um acréscimo homólogo de 13,1%. Portugal, por sua vez, registou um acréscimo homólogo de 10,3%, posicionando-se no terceiro lugar da lista.

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