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Infanta Cristina de Espanha divorcia-se de Iñaki. Afinal, havia outra

É caso para dizer que uma desgraça nunca vem só. Além de ter sido condenado pelos crimes de fraude, fuga ao fisco e tráfico de influências, Iñaki Urdangarin mantinha uma relação extraconjugal.
25 Janeiro 2022, 22h30

A infanta Cristina, irmã do rei de Espanha, e o seu marido, Iñaki Urdangarin, anunciaram esta segunda-feira o fim do seu casamento.

“De comum acordo, decidimos interromper a nossa relação matrimonial. O nosso compromisso para com os nossos filhos permanece intacto. Dado que se trata de uma decisão privada, pedimos o maior respeito de todos os que nos rodeiam”, deixaram saber, em comunicado.

Os antigos duques de Palma de Maiorca, título que perderam ao verem-se envolvidos no caso Nóos, pelo qual Urdangarin ainda cumpre pena, casaram-se em Barcelona a 4 de outubro de 1997.

O fim da relação surge dias depois da divulgação, quarta-feira passada, de fotos de Urdangarin de mão dada com Ainhoa Armentia, sua colega no escritório de advocacia Imaz & Asesores, em Vitória, no País Basco, onde o cunhado do rei de Espanha trabalha desde março de 2021. O jornal digital “El Español” adianta que Armentia é casada, tem dois filhos, joga padel e faz jogging.  Urdangarin e a sua nova paixão foram fotografados em Bidart, França.

Cristina e Iñaki estavam casados há 24 anos. A infanta terá sido avisada na véspera da revista “Lecturas” ir para as bancas e preparou os filhos. Pablo foi o primeiro a reagir, interrogado na rua por jornalistas, garantindo que “continuam todos a dar-se bem.” “Estamos tranquilos. São coisas que acontecem… Vamos continuar a gostar uns dos outros…. Não vai mudar nada”, afirmou Pablo.

Já Iñaki, confrontado por jornalistas à porta do escritório, afirmou que “são coisas que acontecem”. “Vamos geri-las da melhor forma possível”, garantiu.

Cristina sempre apoiou o marido, mesmo quando este foi preso

Quando o marido de Cristina foi condenado a seis anos e três meses de prisão por fraude e desvio de dinheiros públicos, no âmbito do caso Nóos, a infanta ter-se-á mudado para Portugal, para estar mais perto do marido, que passou a estar preso em Espanha.

Antes disso, o casal estava a viver em Genebra, na Suíça, com os quatro filhos. A mudança para Lisboa prendeu-se com o facto de a Fundação Aga Khan, com a qual Cristina colabora, ter comprado o Palácio Henrique Mendonça, no bairro da Lapa. O príncipe Ismaili é um velho amigo do rei espanhol emérito Juan Carlos.

Agora divorciada, e afastado o polémico Iñaki, Cristina poderá reaproximar-se do irmão, o Rei Felipe VI de Espanha. Isto, claro, caso Letizia o permita. A rainha obrigou o marido a ter o mínimo de contacto possível com a irmã. Até as férias deixaram de ser em família, o mesmo aconteceu com o Natal e com qualquer outro evento familiar, sem falar, claro, nas cerimónias oficiais. Cristina viu-se repudiada pela família, mas, ainda assim, apoiou o marido contra tudo e contra todos. Terá valido a pena?

 

 

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