Depois de ter atingindo níveis históricos, a inflação desacelerou em novembro, fixando-se em 9,9%. Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a variação homóloga dos preços registada no penúltimo mês do ano ficou 0,2 pontos percentuais abaixo do valor observado em outubro.
Por outro lado, o gabinete de estatísticas adianta que o indicador de inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) agravou-se em 7,2%, mais 0,1 pontos percentuais do que no mês anterior. “É a taxa mais elevada desde dezembro de 1993”, é salientado no destaque publicado esta manhã.
Já quanto aos produtos energéticos, o INE estima que a taxa de variação homóloga terá diminuído para 24,8%, isto é, menos 2,8 pontos percentuais do que no mês anterior.
No mesmo sentido, o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 18,4%, menos 0,5 pontos percentuais do que a variação observada em outubro. Tal contrasta, diz o gabinete de estatísticas, com a aceleração estimada nos produtos alimentares transformados, “que terão registado uma variação de 16,8% (14,1% no mês precedente)”.
Ou seja, contas feitas, enquanto os preços da energia abrandaram, os dos alimentos aceleraram.
Os dados divulgados esta quarta-feira permitem também perceber que o Governo deverá corrigir os aumentos das pensões previstos para janeiro, já que o indicador que conta ficou acima das expectativas.
Estes são, contudo, apenas dados provisórios. Os valores definitivos serão conhecidos a 14 de dezembro.
Atualizada às 10h00