Inflação na zona euro acelera para 1,8% em janeiro e pressiona BCE

A inflação na zona euro acelerou em janeiro para os 1,8%, de acordo com o Índice de Preços no Consumidor (IPC) divulgado esta quarta-feira pelo Eurostat. Os dados finais confirmam, assim, a estimativa rápida publicada no início do mês e comparam com 1,1% em dezembro de 2016. Na União Europeia a taxa de inflação ficou nos 1,7%, depois de 1,2% em dezembro.

A Bélgica lidera a lista dos países da zona euro com maior inflação (3,1%), seguida da Letónia e por Espanha (ambos com 2,9%), e pela Estónia (2,8%). Por outro lado, a Irlanda (0,2%), a Roménia (0,3%) e a Bulgária (0,4%) fecham a lista com menor aceleração da inflação. Portugal continua com uma inflação abaixo da média europeia, com um IPC de 1,3% em janeiro, face aos 0,9% de dezembro.

“O maior impacto positivo na inflação anual da zona euro vem dos combustíveis para transportes (+0,50 pontos percentuais), combustível vegetal e para aquecimento (+0,14 pp cada), enquanto as telecomunicação (-0,09 pp), gás (-0,08 pp) e pão e cereais (-0,05 pp) tiveram o maior impacto negativo”, refere o relatório do Eurostat.

Os dados da inflação aproximam-se do mandato do BCE, uma inflação próxima, mas abaixo de 2%. Na média anual de 2016, a taxa de inflação ficou em 1,3% e desde 2013 que a subida dos preços não transpõe o objetivo, mas o risco está próximo, aumentando, assim, a pressão sobre Mario Draghi e o BCE.