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Inflação. Nestlé alerta para nova subida dos preços, após aumento de 5,2% nos primeiros três meses do ano

A Nestlé é a mais recente gigante do retalho alimentar a emitir um alerta sobre o impacto do aumento dos preços das matérias-primas combinadas com custos mais altos de energia, combustível, mão de obra e transporte.
21 Abril 2022, 16h31

A Nestlé, a maior empresa de alimentos do mundo, dona da KitKat, Häagen-Dazs, Nesquik, entre muitos outros, aumentou os preços dos seus produtos em 5,2% nos primeiros três meses deste ano e, esta quinta-feira, 21 de abril, voltou a alertar para uma nova subida, em breve, devido à inflação, avança o “The Guardian”.

A Nestlé é a mais recente gigante do retalho alimentar a emitir um alerta sobre o impacto do aumento dos preços das matérias-primas combinadas com custos mais altos de energia, combustível, mão de obra e transporte. A Greggs, a fabricante de bens de consumo Unilever e a cadeia de moda Next são outros dos exemplos que alertaram para as consequências do aumento da inflação.

“A inflação de custos continua a aumentar acentuadamente, o que exigirá subida dos preços e ações de mitigação ao longo do ano”, disse Mark Schneider, executivo-chefe na Nestlé.

Os receios de que a escassez de cereais e óleo de girassol produzidos na Ucrânia, bem como de produtos petroquímicos produzidos na Rússia, aumentaram a inflação existente causada pelo aumento dos preços da energia e dos combustíveis, aliada a uma recuperação da procura desde que as restrições da pandemia começaram a ser levantadas em muitas partes do mundo.

Schneider disse que a Nestlé registou um “forte crescimento orgânico das vendas”, e que aumentou os preços “de maneira responsável” nos três meses para refletir a inflação dos custos. A empresa confirmou que espera atingir as metas de vendas e lucro do ano inteiro, sustentadas com o aumento da procura pelos consumidores.

Os preços subiram mais para os produtos de animais (7,7%), seguidos pela água (7,2%), enquanto os produtos de padaria subiram 3%. As vendas subjacentes, excluindo a região russa onde o grupo interrompeu as vendas de bens não essenciais, aumentaram 7,6%.

A Purina PetCare foi o maior contribuinte para o crescimento subjacente, com as vendas a crescerem mais de 10% na Europa, à medida que a adoção de animais aumentou devido à pandemia.

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