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Inflação sobe para 9,1% em julho, o valor mais elevado desde novembro de 1992

De acordo com o INE, o indicador de inflação subjacente – que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos -, terá tido uma variação de 6,2%, uma ligeira subida face aos 6,0% registados no mês anterior, naquele que é o valor mais elevado desde abril de 1994.
29 Julho 2022, 08h39

A inflação em Portugal terá subido para 9,1% em julho – o valor mais elevado registado desde novembro de 1992 -, de acordo com a estimativa rápida dada a conhecer hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em junho, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) fixou-se em 8,7%.

Contudo, na análise em cadeia, a variação terá sido nula (0,8% em junho e -0,3% em julho de 2021).

De acordo com o INE, o indicador de inflação subjacente – que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos -, terá tido uma variação de 6,2%, uma ligeira subida face aos 6,0% registados no mês anterior, naquele que é o valor mais elevado desde abril de 1994.

Os produtos energéticos terão representado o maior contributo para a subida da taxa de inflação. “Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe em 31,2% (taxa inferior em 0,5 p.p. face ao mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 13,2% (11,9% em junho)”, é adiantado no mesmo boletim do INE.

No que diz respeito ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), o INE aponta para uma subida da variação homóloga para 9,4%, face aos 9,0% registados no mês anterior.

Os dados definitivos da inflação de julho serão divulgados pelo INE no dia 10 de agosto.

Em Espanha, a inflação em Espanha terá sido de 10,8% em julho, o valor mais alto em 38 anos, segundo uma estimativa do instituto nacional de estatística (INE) espanhol divulgada esta sexta-feira, mais seis décimas do que o valor registado no mês anterior.

“Esta evolução deve-se, principalmente, à subida dos preços dos alimentos e bebidas não alcoólicas e da eletricidade”, segundo o instituto de estatística espanhol, que sublinha que em julho de 2021 o preço da eletricidade baixou.

Quanto à inflação na zona euro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê 7,3%, mais 2,9 pontos percentuais (p.p.) do que anteriormente.

A instituição com sede em Washington assinala que a projeção para a inflação global é mais pessimista, esperando agora que atinja 8,3% no quarto trimestre deste ano face ao quarto trimestre do ano passado, quando em abril esperava 6,9%.

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