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Infraestruturas de Portugal registou lucros de 20 milhões de euros em 2019

A empresa pública responsável pela gestão das redes ferroviária e rodoviária nacionais conseguiu reduzir a dívida financeira em 726 milhões de euros no ano passado.
30 Abril 2020, 20h17

A IP – Infraestruturas de Portugal atingiu um resultado líquido positivo de 20 milhões de euros em 2019, tendo conseguido reduzir a dívida financeira em 726 milhões de euros no mesmo exercício. Mesmo assim, os lucros da IP, liderada por António Laranjo, evidenciaram uma redução de 89 milhões de eruros face ao valor alcançado em 2018.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da IP manteve-se, na casa 590 milhões de euros, “não obstante o reconhecimento, em 2019, do aumento dos gastos subjacentes aos contratos de subconcessão, em virtude da conclusão dos respetivos processos de renegociação e cujo impacto líquido em resultados (operacionais e financeiros) ascendeu a menos 31 milhões de euros”, de acordo com um comunicado desta empresa pública.

“Os rendimentos operacionais apresentaram um crescimento de 10% tendo atingido os 1.489 milhões de euros, destacando-se as evoluções positivas das portagens (mais 19 milhões de euros) e da CSR [Contribuição de Serviço Rodoviário] (mais 13 milhões de euros) resultantes do aumento do volume de circulação na rede rodoviária. Os rendimentos provenientes da tarifa de utilização ferroviária mantiveram-se em linha com o verificado em 2018, tendo-se fixado nos 69 milhões de euros”, avança o mesmo comunicado.

Segundo os responsáveis da IP, “o ano de 2019 voltou a ser marcado pelo crescimento da atividade de conservação das redes rodoviária e ferroviária sob gestão direta da IP, com reflexo no aumento dos gastos respetivos em mais 18 milhões de euros e que foi o principal contributo para o crescimento dos gastos operacionais”.

“Relativamente à componente de investimento, destaca-se o progresso do programa de investimento ‘Ferrovia 2020’ que, com um nível de execução financeira de 107,9 milhões de euros em 2019, representa uma variação de  mais 50% face ao nível verificado em 2018”, adianta o mesmo comunicado, acrescentando que, “no final de 2019, o prazo médio de pagamento (PMP) da IP fixou-se em 24 dias (23 dias em 2018), prazo este que reflete o rigor e compromisso da empresa com as responsabilidades assumidas perante os seus fornecedores”.

O comunicado da gestora pública acrescenta que, “em 2019, os resultados financeiros associados à dívida financeira contraída diretamente pela IP mantiveram a tendência de desagravamento dos anos anteriores, melhorando em 35 milhões de euros face ao período homólogo, em consequência da redução do ‘stock’ de dívida financeira em 726 milhões de euros”.

“Com efeito, no final de 2019, a dívida financeira ascendia a 5.019 milhões de euros, refletindo o reembolso de empréstimo obrigacionista com aval do Estado Português no montante de 500 milhões dce euros ocorrido em fevereiro e a concretização em dezembro da segunda operação de compensação, no valor de 150 milhões de euros, enquadrada pela Lei do Orçamento do Estado do Estado de 2019, que permitiu a regularização de créditos do Estado sobre a IP (serviço da dívida dos empréstimos concedidos pelo Estado à IP) por contrapartida de dívida do Estado para com a IP correspondente aos investimentos efetuados em infraestruturas ferroviárias de longa duração”, assinala o referido comunicado.

A nota da IP conclui, sublinhando “a política de financiamento prosseguida pelo acionista de capitalização da empresa através de operações de aumento de capital que, em 2019, ascenderam a 1.392 milhões de euros”.

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