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Iniciativa Liberal diz que “Portugal precisa de um primeiro-ministro bom e não apenas um primeiro-ministro bonzinho”

João Cotrim Figueiredo defende, na reação à mensagem de Natal de António Costa, que o Governo “não dá qualquer confiança de que será capaz de implementar um plano de vacinação, nem medidas económicas que permitam a retoma social e económica do país”.
  • Cristina Bernardo
26 Dezembro 2020, 10h51

O presidente e deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, reagiu à mensagem de Natal de António Costa com duras críticas às falhas na resposta à pandemia de Covid-19. “Portugal precisa de um primeiro-ministro bom (capaz de garantir um plano de vacinação sólido e ambicioso e um caminho de recuperação que não dependa só do Estado) e não apenas um primeiro-ministro bonzinho (focado na gratidão e solidariedade a tantos a quem o Governo falhou”, defendeu o líder partidário, concluindo que “assim fica difícil ter esperança”.

“Uma mensagem de Natal deve sobretudo apontar para o futuro e dar esperança. Infelizmente, não se ouviram novas soluções: apenas o mesmo caminho cujos resultados não têm criado condições para progresso. Temos um governo que não confia nos portugueses. Um governo que não acredita e não dará condições à iniciativa privada”, disse João Cotrim Figueiredo.

Para estas críticas contribuiu o que a Iniciativa Liberal considera ser a incapacidade de mudar de rumo após finalmente assumir que “possivelmente possam ter sido cometidos erros” pelo Executivo, como António Costa fez na sua mensagem. João Cotrim Figueiredo salientou, a esse propósito, o falhanço “na prevenção da segunda vaga, depois de ter permitido o colapso do Serviço de Saúde, sobretudo nos cuidados não-Covid, depois de ter falhado em dar condições aos profissionais de saúde, depois não ter reforçado os cuidados de saúde com recurso aos sectores social e privado”.

Segundo o presidente da Iniciativa Liberal, o “tom emocional” da mensagem de Natal de António Costa vem mostrar que “desde 2017 que as principais figuras do Estado acham que o futuro dos portugueses se resolve apenas com expressão de afetos”. Pelo contrário, em sua opinião, “o Governo não dá qualquer confiança de que será capaz de implementar um plano de vacinação, nem medidas económicas que permitam a retoma social e económica do país”.

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