O PSD e o CDS-PP apresentaram hoje as perguntas escritas ao primeiro-ministro na comissão de inquérito BES/GES, procurando saber, por exemplo, se Pedro Passos Coelho falou com a troika sobre o banco.
“Alguma vez reuniu ou discutiu com os membros da ‘troika’ a questão do BES? Em caso afirmativo, que pontos estiveram em debate e quais as diligências adotadas?”, interrogam os partidos da maioria num conjunto de perguntas a que a agência Lusa teve acesso.
PSD e CDS-PP entregaram hoje um rol de questões dirigidas a várias personalidades que responderão por escrito à comissão de inquérito, casos do primeiro-ministro, dos elementos da troika, do antigo comissário europeu Joaquin Almunia e do antigo presidente do Eurogrupo e atual presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker.
A Pedro Passos Coelho os partidos pedem detalhes de reuniões tidas com o ex-líder histórico do BES, Ricardo Salgado, e questionam se foi abordado por José Maria Ricciardi, presidente do BES Investimento e primo de Salgado, “sobre o tema BES/GES”.
“Em caso afirmativo, qual o conteúdo dessa abordagem? Fez alguma diligência na sequência desse(s) contacto(s)?”, questionam PSD e CDS-PP.
Aos representantes da troika, os partidos que apoiam o Governo falam do memorando de entendimento e das “grandes alterações no sistema financeiro” que este obrigou Portugal a conduzir.
“Consideram que as alterações introduzidas eram suficientes para prevenir situações como a do BES?”, questionam os partidos, coordenados na comissão por Carlos Abreu Amorim (PSD) e Cecília Meireles (CDS-PP).
E prosseguem: “Quando e como tomaram conhecimento, pela primeira vez, de problemas no BES? Que diligências tomaram posteriormente? No âmbito do acompanhamento e monitorização das instituições financeiras que fizeram, foram alertados para eventuais problemas no BES? Por quem?”.
O presidente da sociedade suíça Eurofin, Alexandre Cadosh, e o presidente do BCE, Mario Draghi, são mais alguns responsáveis que receberão em breve questões dos partidos da maioria para responderem por escrito.
OJE/Lusa