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Instalação de painéis solares permite reduzir custos entre 50% a 70%. Saiba como

Aliar poupança a um futuro sustentável poderá ser a melhor opção para combater os preços do mercado energético. Governo criou três programas para apoiar os consumidores que permitem amenizar custos de instalação e estabelecer metas de descarbonização.
  • Ivan Alvarado/Reuters
22 Abril 2022, 10h00

Por esta altura nos mercados energéticos a palavra de ordem é “volatilidade”. Como tal, torna-se importante perceber de que forma podem os consumidores reduzirem os gastos com eletricidade, recorrendo, por exemplo, à instalação de painéis solares. Através dos apoios do Governo, é possível diminuir os elevados custos destes equipamentos e, consequentemente, poupar na fatura da luz ao final de cada mês.

Segundo os dados compilados pela Selectra, empresa especialista na comparação de tarifas de energia, investir na instalação de painéis solares, poderá representar uma poupança anual de 400 a mil euros, com uma redução dos custos da eletricidade entre 50% a 70%. No entanto, é importante sublinhar que fatores como a região onde vive ou o consumo médio de cada habitação têm influência na fatura da luz.

O custo de instalação destes equipamentos é o principal entrave, apontado pelos portugueses, para a concretização da transição energética dos seus respetivos lares. Precisamente devido a esse “entrave”, o Governo, através do ministério do Ambiente e da Ação Climática, criou o programa ‘Apoio Edifícios +Sustentáveis’, cujo objetivo é comparticipar a instalação até 85% do valor, que poderá significar um reembolso de 2,5 mil euros, embora as despesas sejam comparticipadas por devolução, ou seja, terá de realizar as obras antes de se poder candidatar ao apoio e apresentar as respetivas faturas, que têm de ser posteriores a 7 de setembro de 2020.

O programa visa incentivar a melhoria da eficiência energética das habitações e reduzir em cerca de 30% as necessidades de energia primária dos edifícios que tenham sido alvos de intervenção. Destina-se tanto a proprietários de edifícios de habitação unifamiliares existentes e ocupados (moradias), como de frações autónomas em edifícios multifamiliares (apartamentos) ou ainda de edifícios multifamiliares (prédios na sua totalidade). As candidaturas estão abertas até ao final deste mês (abril).

Para além do programa ‘Apoio Edifícios +Sustentáveis’, que se fixava apenas nos edifícios destinados à habitação, o Governo também vai apoiar a renovação e aumento do desempenho energético dos edifícios de serviços. Este apoio propõe-se a ajudar proprietários de edifícios de comércio e serviços do sector privado existentes (pessoas singulares ou coletivas). Uma das principais diferenças deste incentivo é a sua natureza não reembolsável, com os projetos a terem 24 meses para ser implementados. Podem abranger a intervenção de um ou mais edifícios, desde que partilhem do mesmo certificado energético.

A taxa de apoio vai até aos 70% e o reembolso máximo é de dois mil euros. Todas as entidades que se mostrem interessadas podem candidatar-se até 31 de maio.

O Governo propõe ainda um apoio à aquisição e instalação de painéis fotovoltaicos nas explorações agrícolas, ao abrigo do pacote ‘NextGeneration’. O objetivo é contribuir para a autossuficiência energética e para a descarbonização do sector.

Por fim, e ao abrigo do pacote NextGeneration, eis que reabrem as candidaturas destinadas às explorações agrícolas que visam contribuir para a sua autossuficiência energética e para a descarbonização do sector. O apoio é concedido sob a forma de subsídio não reembolsável e dirige-se à aquisição e instalação de painéis fotovoltaicos e estruturas associadas. O Governo assume a modalidade de custos simplificados, tendo em conta que o preço total se situe entre os mil e os 50 mil euros.

As candidaturas podem ser submetidas até às 17h do dia 6 de maio e só serão reembolsados os equipamentos adquiridos após a solicitação deste apoio.

Ainda assim, não é só o Governo que tem previsto este tipo de iniciativas. A Iberdrola, por exemplo, tem o programa ‘Smart Solar’ que oferece a possibilidade de pagamento do equipamento a prestações sem juros. Segundo as contas da Selectra, ao adquirir dois painéis 340Wp, cujo total é de cerca de 1,4 mil euros, poderá optar por pagar em porções de 39,9 euros durante 36 meses.

A Goldenergy é outra das comercializadoras que oferecem atualmente um serviço equivalente, incluindo também descontos na adesão ao ‘Tarifário Solar’, à semelhança do projeto EDP Solar que, para além destas duas condições, oferece ainda a instalação do equipamento.

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