O organismo deu a conhecer formas de minimizar o consumo nas instalações desportivas. Desde a instalação de sensores de presença à instalação de bombas de calor, tudo conta para reduzir.
O IPDJ (Instituto Português do Desporto e da Juventude) deu a conhecer recomendações para a redução do consumo energético e hídrico em instalações desportivas, que diz estarem alinhadas com “as diretrizes” da UE. O grande objetivo passa pela redução dos “impactos económicos e ambientais associados à sua produção e utilização”.
Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o organismo lembra a importância de implementar “mecanismos de poupança energética e a transição para sistemas de energia limpa”, deixando a garantia de que pretende ter um “papel ativo”, com a promoção de uma campanha de sensibilização direcionada às organizações que gerem instalações desportivas, tendo em vista a adoção de medidas e comportamentos geradores de poupança energética e hídrica
São apresentadas 20 recomendações de medidas conjunturais e 13 relativas a decisões estruturais, que passam pela redução do consumo e por tornar o mesmo tão eficiente quanto possível. Seguem-se as recomendações do IPDJ:
- Reduzir ao máximo a iluminação artificial, aproveitando, sempre que possível, a luz do sol.
- Reduzir, ou mesmo suprimir, a iluminação artificial não essencial, sem deixar de salvaguardar a segurança dos locais.
- Instalar sensores de presença nos balneários, espaços de trabalho e de circulação de forma a gerir a iluminação consoante a ocupação dos espaços.
- Reduzir o nível de iluminação dos espaços desportivos exteriores, por exemplo, quando os espaços são utilizados para treinos.
- Desligar os equipamentos informáticos quando não vão ser utilizados durante algum tempo (por exemplo ao final do dia).
- Não deixar os aparelhos eletrónicos em modo “stand-by”.
- Nos espaços de treino onde existam equipamentos (máquinas) alimentados com energia elétrica, podem manter-se ligados os estritamente necessários mediante a afluência de atletas.
- Igualmente, os equipamentos de lazer que funcionam a energia elétrica devem ser desligados quando não estiverem a ser utilizados.
- Dar preferência às escadas sempre que possível, utilizando os elevador exclusivamente quando necessário.
- Reduzir, tanto quanto possível, a utilização de equipamentos elétricos e iluminação.
- Dar primazia à ventilação natural, em detrimento da climatização artificial (ar condicionado)
- Se absolutamente necessária a utilização do ar condicionado, manter fechadas as portas e janelas.
- Desligar os equipamentos de ar condicionados sempre que os respetivos espaços não estão a ser utilizados.
- No verão, baixar as persianas nas horas de maior calor e mantê-las abertas no inverno.
- Na utilização do ar condicionado, as temperaturas definidas devem ser adequadas (próximas dos 18 graus Celsius no inverno e dos 25ºC no verão).
- Reduzir a temperatura da água nos tanques das piscinas, se possível para o limite mínimo recomendado (26ºC).
- Reduzir também para o limite mínimo recomendado as temperaturas do ar na nave das piscinas e dos restantes espaços de apoio à prática desportiva.
- Reduzir o tempo dos duches, já que o aquecimento de água consome energia.
- Reduzir o caudal das torneiras, sendo que existem equipamentos próprios para tal.
- Limitar o número de descargas da sanita, evitando usá-la como “caixote do lixo”.
A estas recomendações conjunturais, o IPDJ junta recomendações estruturais, que visam melhorar a eficiência energética e híbrida das instalações desportivas.
- Reconverter os sistemas de iluminação tradicionais para os de tecnologia LED.
- Instalar meios de energia renovável (caso dos painéis fotovoltaicos), sempre que seja viável.
- Instalar sistemas de cogeração.
- Implementar sistemas de produção de Águas Quentes Sanitárias (AQS).
- Instalar bombas de calor.
- Reconverter para sistemas de aproveitamento de biomassa.
- Montar recuperadores de calor.
- Criar medidas para redução de consumo de água.
- Reaproveitar a água pluvial e águas cinzentas;
- Implementar sistemas inteligentes para a gestão dos edifícios.
- Modernizar o parque de equipamentos de climatização e ventilação através da instalação de sistemas energeticamente mais eficientes e com menor emissão de gases com efeito de estufa.
- Encontrar soluções para compensação do fator de potência elétrica.
- Trabalhar na eficiência do isolamento térmico das fachadas, coberturas e de envidraçados.