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Intel planeia aumentar o preço dos chips este ano

O preço de alguns chips fabricados pela Intel pode subir até 20% como consequência.
22 Julho 2022, 18h15

A Intel está a preparar-se para aumentar os preços dos seus processadores e de outros circuitos integrados que fabrica. Segundo o Nikkei, a empresa vai aumentar os preços dos seus processadores e de outros chips, como os usados em dispositivos com Wi-fi e outros tipos de conectividade. A Intel já informou os seus clientes e, naturalmente, este aumento de preços dos componentes pode causar um aumento de preços dos dispositivos em que são usados.

Ainda segundo o Nikkei, o valor dos aumentos ainda não está definido, mas os preços de alguns chips podem subir 20%. No início de 2022, a Intel já tinha dado alguns sinais de que queria aumentar os preços de alguns produtos devido à inflação e ao aumento dos custos das matérias-primas, transportes e dos custos com pessoal.

Segundo declarações de um responsável da empresa ao Nikkei, durante a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2022, a Intel indicou que estava a planear aumentar os preços de alguns segmentos de produtos devido a pressões inflacionistas.

Este aumento de preços vai acontecer numa altura em que as vendas de PC estão em declínio significativo. Esta semana, a Gartner revelou que as vendas mundiais de computadores pessoais caíram cerca de 13% no último trimestre. Segundo a consultora: “Esta é a maior caída nas vendas no mercado mundial dos computadores pessoais em 9 anos. As causas estão ligadas às dificuldades colocadas pela situação geopolítica e aos desafios colocados economias e às cadeias de distribuição de produtos, que estão a ter impacto em todas as regiões e mercados.”

Embora a falta de componentes estar a dissipar-se, a Gartner culpa a inflação e a queda significativa da procura de Chromebooks, muito usados no mercado da educação. O mercado dos computadores pessoais teve um crescimento muito rápido durante os dois primeiros anos da pandemia, mas agora uma mistura de um aumento dos preços de bens de primeira necessidade (como a comida e energia) com o abrandamento dos efeitos da COVID 19, que permite às pessoas saírem mais de de casa, o mercado do PC voltou a contrair.

De acordo com a Gartner, nos mercados da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), a queda das vendas foi ainda maior, situando-se nos 18%. Neste caso, a queda deve-se principalmente à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, que levou à cessação das vendas de PC em território Russo, que correspondem entre 5 a 10% do total da vendas de PC no mercado EMEA.

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