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Inteligência Artificial ajuda a “encontrar informação”

A gestão dos ativos financeiros está disponível em qual dispositivo móvel e ferramentas como o Chat GPT já ajudam a encontrar os investimentos indicados para cada investidor, mas continua a ser necessário saber o que pesquisar.
21 Maio 2023, 20h00

A evolução das tecnologias permitiu a criação de ferramentas que tornam possível a qualquer pessoa, através de um computador, smartphone ou tablet, consultar e/ou gerir as suas finanças pessoais, por via digital, sem precisar de sair do sofá.

Foi sobre estas e outras inovações que se falou numa JE Talks sobre o tema, com a presença de João Monteiro, fundador da Geomatrix Holdigs. Com base nos comportamentos atuais dos consumidores portugueses (e aquilo que procuram), o responsável explicou o impacto gerado pelas tecnologias que já existem.

“O investidor em geral tem procurado gerir todas as suas finanças, todos os seus processos relacionados com o seu capital, através de meios digitais”, refere, explicando que, apesar de se perder o contacto humano, ganha-se a outros níveis, “com a gestão de todo o equipamento e toda a tecnologia que ajuda a essa gestão de capital”, permitindo evitar filas de espera e horas no atendedor de chamadas das instituições financeiras.

A evolução é evidente e a adoção da tecnologia que daí resulta ajuda a encontrar soluções de investimento. A Inteligência artificial (AI) permitiu, por exemplo, a criação do Chat GPT, que facilita a procura por informação relevante mas não substitui o ser humano, de acordo com o responsável.

“O Chat GPT não substitui uma análise e uma pesquisa necessária para encontrar essas soluções”. A inteligência artificial ajuda, pois, a encontrar informação sobre investimentos, mas “também é preciso saber o que procurar” mediante o perfil do investidor, diz.
Por outro lado, com a tecnologia a funcionar como veículo para tanta informação, importa falar sobre cibersegurança, um dos tópicos mais presentes na atualidade sempre que se fala sobre dados pessoais, nomeadamente dados financeiros, que são, obviamente, de enorme sensibilidade. Para João Monteiro, é imperativo ser cauteloso ao escolher as pessoas a quem se passa essas informações, de forma que não exista maior risco de “um furto de dados”.

Nesta temática, um dos documentos mais importantes é o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR, na sigla inglesa) que define diretrizes relevantes para estas temáticas.

Sobre as criptomoedas, o “cerco”, ao nível da regulação legal deverá continuar a “apertar”, sublinha João Monteiro, lembrando que as restrições legais existentes resultam na redução de práticas negativas, nomeadamente as que já deixaram lesados um pouco por todo o mundo.

Outra ferramenta que faz crescer as opções nas mãos dos investidores são os smart contracts. Estes consistem na automação de ações financeiras mediante determinadas condições. Tudo passa a ser feito por procedimentos automáticos e determinados à partida. Estas são funcionalidades que permitem aos investidores agirem com maior tranquilidade, já que “o seu capital não está nas mãos de uma pessoa ou de uma entidade, mas sim numa rede em que pode, de alguma forma, confiar”.

Toda esta gestão de ativos já se faz pela via digital e as instituições financeiras viram-se obrigadas a adaptar-se, de forma a minimizar os riscos sejam minimizados.

Neste contexto, estão ultrapassadas necessidades de esperar em filas ou linhas telefónicas, que podem demorar vários minutos, ou até horas. Assim sendo, o responsável não tem dúvidas que as fintechs tornam o mundo financeiro mais simples para o consumidor.

“Melhoraram em muito o processamento de informação, o acesso a tudo o que é tratamento de produto financeiro e gestão de relação com a instituição financeira e, portanto, o leque de produtos financeiros vai ser cada vez mais expandido”, refere.

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