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Inteligência artificial: porque é que as empresas europeias não a aplicam? Falta de estratégia, revela estudo

Novo estudo da Fujitsu em conjunto com a Pierre Audoin Consultants concluiu que três em cada cinco gestores de empresas na Europa se sentem frustrados pela velocidade a que a IA está a ser incorporada nas soluções TI.
22 Maio 2018, 14h58

O potencial das tecnologias com base em inteligência artificial (IA) é consensual entre as empresas europeias. No entanto, a falta de foco estratégico faz com que apenas 11% tenham atualmente uma estratégia IA em curso, segundo mostra um estudo realizado pela Fujitsu, em conjunto com a Pierre Audoin Consultants.

A maioria das 240 empresas inquiridas concorda com o valor da IA em proporcionar uma melhor compreensão do cliente na área de vendas e marketing, a detecção e prevenção de fraudes nas finanças e contabilidade, a automatização do planeamento da cadeia de fornecimento e cumprimento na gestão da cadeia de fornecimento, possibilitando melhorias na cibersegurança em tecnologias da informação, bem como nas melhorias na manutenção preditiva nos departamentos de produção.

No entanto, apenas 25% das empresas vê a IA como estrategicamente importante e apenas 11% tem em curso uma estratégia IA. A principal razão é a falta de foco estratégico. Além de questões legais e de conformidade, 61% dos inquiridos apontou para a falta de disponibilidade da IA nas soluções como um grande obstáculo, enquanto 52% apontam para os processos e a cultura interna.

“Parece que, de momento, a IA está a ser impulsionada por necessidades funcionais, com uma clara compreensão das vantagens disponíveis e iniciativas em curso por toda a Europa”, afirmou David Snelling, diretor do programa de inteligência artificial na Fujitsu EMEIA, sublinhando considerar que “a aparente ausência de um enquadramento estratégico para a IA é surpreendente”.

“Indica a necessidade de os executivos a nível do conselho de administração se envolverem mais na discussão para desbloquear todo o potencial desta tecnologia disruptiva”, acrescentou. Sobre os executivos, o estudo concluiu ainda que três em cada cinco gestores se sentem frustrados pela velocidade a que a IA está a ser incorporada nas soluções TI.

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