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Investigador da UMa integra estudo europeu sobre agricultura sustentável

O estudo avaliou a importância das Estruturas de Foco Ecológico (EFA) na Agricultura Sustentável e na Conservação dos Polinizadores.
24 Fevereiro 2020, 13h14

O professor da Faculdade de Ciência da Vida da Universidade da Madeira (UMa) e Investigador do ISOPlexis, Miguel Carvalho, participou num estudo da rede europeia ‘Super Ação B – Polinização Sustentável na Europa’, que teve o intuito de avaliar a importância das Estruturas de Foco Ecológico (EFA) na Agricultura Sustentável e na Conservação dos Polinizadores.

O estudo reuniu 22 especialistas de 18 países e foi liderado pelo Scotlland Rural Colledge (SRUC). Neste estudo foi aferido que os insetos polinizadores (abelhas, abelhas solitárias e moscas) são importantes para a produtividade de 70% das culturas agrícolas praticadas em todo o mundo, e que um declínio no número de número de polinizadores de insetos foi “atribuído à agricultura intensiva e à perda associada de habitats ricos em espécies vegetais, que forneçam alimentos, locais de nidificação e reprodução”.

É referido que na Madeira estruturas de focus ecológico “podem ser consideradas ou estão representadas” pelos muros de pedra emparelhada, terraços (poios), pluricultura, bordaduras (margens do terreno) com espécies aromáticas e nativas, e cabeceiras com árvores de fruto ou outras.

“Os serviços destas EFAs são potenciados pela Agricultura de manutenção (Conservação) e o pelo Modo de Produção Biológico”, reforça.

Os investigadores identificaram “oportunidades substanciais” para melhorar a qualidade dos habitats agroambientais através de prácticas de maneio e gestão mais amigáveis para os insetos polinizadores.

“Estas melhorias aumentariam não apenas a abundância, mas a gama de recursos no agrossistema”, sugere o estudo.

“O nosso estudo destaca que, com a rápida aproximação da PAC após 2020, existe uma necessidade de melhorar a conservação efetiva dos polinizadores, que deve incidir sobre a melhoria da qualidade e diversidade do habitat no agrossistema, a fim de garantir que este ofereça a gama de recursos e as condições que os polinizadores necessitam na sua atividade. E, de melhoria dos serviços ecológicos e da paisagem, prestados pela agricultura, com o seu apoio efetivo, através de medidas agroambientais diferenciadoras, que promovam as boas práticas”, refere Miguel Carvalho.

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