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Investimento imobiliário em Portugal regista queda de 14% até agosto

Valor registado nos primeiros oito meses foi de 1,6 mil milhões de euros. A Cushman & Wakefield acredita que valor total do ano poderá superar os três mil milhões de euros de 2018. Setor hoteleiro foi aquele que mais se destacou, sendo responsável por 27% do volume transacionado, num total de 418 milhões de euros.
  • Cristina Bernardo
23 Setembro 2019, 11h34

O volume de investimento em imobiliário comercial atingiu os 1,6 mil milhões de euros nos primeiros oito meses de 2019. Apesar deste número representar uma queda de 14% em relação ao período homólogo de 2019, os valores poderão superar os três mil milhões de euros do último ano. Esta é a perspetiva da consultora imobiliária Cushman & Wakefield divulgada esta segunda-feira, através da última edição do Marketbeat Portugal Outono 2019.

Os líderes deste investimento são os setores de retalho e escritórios com 34% e 33%, respetivamente dos capitais alocados ao imobiliário comercial. No entanto, foi o setor hoteleiro que mais se destacou, sendo responsável por 27% do volume transacionado, num total de 418 milhões de euros. Além do mais, foi também esta vertente imobiliária que protagonizou a maior operação do ano, com a venda do portefólio Tivoli, da Minor, à Invesco por 313 milhões de euros.

Apesar do investimento nacional mostrar sinais de recuperação face a 2018, continua a ser o investimento estrangeiro o principal impulsionador da atividade, representando 89% do total, com os investidores de origem alemã a serem os responsáveis por 43% do investimento. As transações de grande dimensão voltaram a ganhar destaque este ano, situando-se os seis maiores negócios do ano acima dos 100 milhões de euros.

Eric van Leuven, diretor-geral da Cushman & Wakefield em Portugal, refere que “não obstante os desafios que a economia internacional tem vindo a enfrentar, que afetam a economia portuguesa essencialmente através do impacto na procura externa, o mercado imobiliário tem vindo a evoluir muito positivamente”.

O responsável da C&W considera que “os elevados volumes de liquidez que de forma crescente se alocam ao setor imobiliário, deverão manter-se no médio prazo, tendo em conta os recentes anúncios que apontam para uma manutenção da política monetária expansionista do Banco Central Europeu”.

Eric van Leuven acredita que “a atratividade de Portugal para os investidores internacionais é hoje clara, motivada por um mercado ocupacional ativo e com potencial de crescimento, bem como por uma economia sólida e em crescimento”.

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