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Investimentos financeiros: 10 dicas para começar

Gostava de começar a investir, mas não sabe como? Aqui estão 10 dicas sobre investimentos financeiros para entrar neste mundo.
30 Setembro 2022, 11h17

Muitas pessoas ouvem falar em investimentos financeiros toda a vida, mas nunca se atrevem a dar o primeiro passo. Outros acham que isso é apenas para pessoas abastadas ou só para quem já é expert nesse campo. Contudo, existem alguns produtos e ferramentas simples que qualquer pessoa pode usar para dar os primeiros passos neste tipo de investimentos. Conheça 10 dicas para começar neste artigo realizado pelo ComparaJá.

Investimentos financeiros: pôr o dinheiro a trabalhar para si

Fazer investimentos financeiros é uma forma de fazer o dinheiro crescer ao longo do tempo e evitar que a inflação e o aumento do custo de vida devorem as poupanças. Apesar de 1 euro hoje continuar a ser 1 euro daqui a 10 anos, aquilo que pode comprar com esse valor será, certamente, muito diferente.

Assim, investir é uma forma de obter um rendimento passivo adicional. Existem inúmeras estratégias e abordagens, das mais simples às complexas, para todos os perfis de risco, horizontes temporais e níveis de experiência. Por isso, se gostava de dar os primeiros passos em investimentos financeiros, há sempre formas de o conseguir.

10 dicas de investimento financeiro para principiantes

Se nunca investiu, saiba o que deve considerar para constituir o seu portfolio de investimento. Tome nota destas 10 dicas.

1. Leia livros de investimento

O primeiro e um dos melhores passos a tomar antes de começar a investir é reforçar a sua literacia financeira. É importante obter, em primeiro lugar, conhecimentos base sobre os principais conceitos, modos de funcionamento, riscos e expectativas dos investimentos. Desta forma, não só se vai familiarizar com os termos técnicos, como perceber um pouco melhor os fatores que podem levar às flutuações do mercado.

Se procura inspiração, pode começar por 3 livros fundamentais: “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert T. Kiyosaki, que desafia o pensamento mais comum sobre o dinheiro e finanças pessoais, contrariando a sabedoria convencional. “O Pequeno Livro do Investimento”, de John C. Bogle, oferece um conhecimento profundo, mas acessível, sobre o mercado financeiro. Por fim, “O Investidor Inteligente”, de Benjamin Graham, combina educação financeira, conhecimento do mercado e uma visão de longo prazo.

Além disso, poderá também seguir e ler websites de finanças pessoais, como o Blog do ComparaJá, para aprender ao máximo com especialistas e avançar, por sua conta, no conhecimento sobre investimentos financeiros.

2. Defina a tolerância ao risco

Dado que qualquer investimento financeiro implica sempre alguma probabilidade de perda, é importante perceber o nível de risco que está disposto a correr. Existem várias tipologias de ativos no mercado, de ações a obrigações, fundos de investimento ou metais preciosos – todos com níveis de risco e rentabilidade diferentes.

Assim, determine a sua tolerância ao risco – tendo sempre em mente, contudo, que o dinheiro a investir não lhe deve fazer falta no imediato. A partir daí, poderá definir a sua visão de investimento e orientar as suas escolhas.

3. Determine os objetivos de investimento

Os seus objetivos financeiros podem ser de várias ordens, o que se reflete no tipo de investimento a fazer. Procura uma apreciação rápida do capital (com maior risco) ou a preservação? Poderá começar com objetivos mais prudentes e depois avançar para metas mais ambiciosas de crescimento pessoal.

Defina o que leva a querer investir, seja comprar uma casa, financiar a reforma ou apenas acumular mais riqueza. Os objetivos podem mudar ao longo do tempo, pelo que os deve rever periodicamente para manter o foco.

4. Estipule quanto está disposto a perder

Nesta fase, é importante decidir o valor que quer usar para começar a investir. Tenha sempre em mente que o dinheiro que investir não lhe deve ser necessário, pelo menos, durante os 5 anos subsequentes.

Assim, não deverá aplicar, por exemplo, o seu fundo de emergência, ou o que reservou para as férias do próximo ano. Note ainda que, dependendo do veículo escolhido, existe a probabilidade de perder todo o capital investido. Tenha sempre em mente que as perdas não acontecem só aos outros – mesmo especialistas perdem dinheiro com investimentos.

Definir o seu próprio orçamento para o investimento financeiro é importante para saber o tipo de ativos que vai comprar, dado que os preços variam muito. Por exemplo, o preço das ações blue chip (de marcas reputadas como Apple ou Microsoft) pode requerer um investimento avultado.

Se tem um orçamento pequeno, talvez seja melhor considerar ETF (Exchange Trade Funds), fundos de investimento em que é possível comprar uma participação reduzida. Se, por outro lado, puder dispor de uma maior quantia e tiver um horizonte de longo prazo, poderá considerar fundos de ações.

5. Determine a sua abordagem ao investimento

Considere agora como começar a investir. Deseja ter uma participação mais ativa? Prefere delegar a gestão a consultores especializados? Se estiver confiante sobre o seu conhecimento e capacidade de investimento, poderá fazê-lo por conta própria.

Contudo, se é uma área que não domina, é mais prudente contar com aconselhamento especializado, e delegar decisões de investimento e gestão de portfolio a corretores experientes. Recorrer a apoio implica sempre despesas com comissões, mas não deixe que isso seja um fator de exclusão. Afinal, o importante é o resultado líquido no final e o valor que efetivamente ganha, após deduzidas as comissões e impostos.

Existem ainda plataformas online que permitem começar a fazer investimentos financeiros sem que isso exija muitos conhecimentos de finanças. O processo é tão fácil quanto escolher o montante a investir e selecionar o nível de risco – e a automação tomará por si todas as decisões de investimento.

6. Foque-se em investimentos de longo prazo

Quando começar a investir, o recomendado é não olhar para os números. Pode parecer uma contradição, mas é bom evitar a tentação de verificar compulsivamente o comportamento do portfolio e tomar decisões a quente. Isto porque, para os investimentos principalmente no mercado de ações, é pouco relevante o que acontece no dia a dia – o importante é a média de longo prazo que as ações proporcionam.

Lembre-se de que o mercado estará em alta alguns anos, e noutros poderá estar em baixa. Contudo, a perspetiva a longo prazo é uma das melhores maneiras de aumentar o património. Assim, privilegie a evolução ao longo dos anos em vez de ganhos a curto prazo.

7. Compare custos e recursos

Como seria de esperar, contar com a ajuda especializada, quer de consultores ou ferramentas de automação, implica comissões de gestão, negociação e acompanhamento. Por isso, é importante fazer o trabalho de casa para avaliar quais as condições mais vantajosas de cada corretora.

Verifique, além do preço, os benefícios adicionais que possam estar envolvidos, como acesso a pesquisas de investimento, ferramentas educacionais ou outros recursos que acrescentem valor.

Não deixe de, em primeiro lugar, experimentar a plataforma antes de comprometer qualquer quantia. Sempre que possível, teste uma versão demo para avaliar a facilidade de utilização e ter uma primeira abordagem ao seu funcionamento.

8. Escolha a conta de investimento

Tomados os passos anteriores, agora é altura de começar a concretizar. Escolha o tipo de investimento que melhor se adequa aos seus objetivos e perfil de risco. Os fundos de investimento mais comuns são Ações, Obrigações, Fundos Mistos, ETF (Exchange Traded Fund) ou REIT (Real Estate Investment Trust).

Por exemplo, a sua idade pode ser um fator a considerar na hora de escolher a sua conta de investimento. Se for jovem, as ações e ETFs podem ser uma boa opção, na medida em que tem décadas pela frente para enfrentar as oscilações no mercado.

Caso contrário, investimentos com renda fixa, estável e previsível, como Obrigações, poderão ser mais seguros. Ainda, se o seu objetivo for a preparação para reforma, poderá considerar Fundos Mistos, que lhe permitem obter exposição a várias ações ou ativos diferentes de uma só vez.

9. Diversifique o investimento

Como diz a sabedoria popular, “não coloque os ovos todos no mesmo cesto”. Em poucas palavras, diversificar o investimento reduz o risco de ficar exposto à rentabilidade negativa de uma só escolha.

Assim, quando um investimento apresentar um baixo desempenho, o impacto será menor, na medida em que pode ser diluído pelo desempenho positivo de outros. Desta forma, o seu portfolio geral de investimentos fica mais protegido.

Um bom exemplo de um investimento diversificado são os ETFs. Por natureza, tendem a possuir um grande número de ações e ativos diferentes, em variadas proporções – o que é mais seguro do que investir apenas numa única ação ou setor.

10. Reavalie os seus investimentos

Uma vez investido, investido para sempre? Apesar de a recomendação ser investir a longo prazo, isso não significa que as ações devam ser esquecidas. Assim, os investimentos devem ser reavaliados periodicamente para determinar se continuam a ser boas opções para si.

Esta dica é especialmente importante em alturas de retração económica. Nestes momentos, é importante rever a estratégia e o portfolio e tomar as decisões para o próximo ciclo de investimento.

Com estas 10 dicas para investimentos financeiros, estará em melhores condições para fazer bons investimentos financeiros, ao longo do tempo. Leia, pesquise, informe-se, defina o seu próprio perfil, conheça os custos e riscos associados e comece a dar os primeiros passos.

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