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Irão assegura que não está de saída da OPEP

Embargo dos Estados Unidos à produção de petróleo iraniano parece ser uma pressão para que o país deixe o agregado. Mas Teerão não está a contar seguir o caminho do Qatar.
  • Raheb Homavand / Reuters
7 Dezembro 2018, 12h54

O ministro iraniano do Petróleo, Bijan Namdar Zanganeh, descartou uma possível saída do seu país da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) após a decisão do Qatar de sair da organização, alegadamente para se concentrar na produção de gás natural, informou a agência oficial de notícias iraniana, a Irna.

“O Irão é um dos fundadores da OPEP e não vai deixar a organização”, disse o ministro da capital austríaca, Viena, onde está a decorrer uma reunião daa OPEP. Zanganeh lamentou que o Qatar tenha decidido deixar a OPEP: “o Irão não está satisfeito com a retirada“, que acontecerá em janeiro do próximo ano.

A possibilidade de o Irão deixar a organização tem a ver com o embargo que os Estados Unidos impuseram à compra de petróleo iraniano – alegadamente porque as mais-valias servem para o financiamento do retorismo internacional e para financiar um pretenso programa nuclear ilegal do ponto de vista do direito internacional.

De algumas forma, a saída do Irão seria um sinal de fraqueza por parte de Teerão, que está interessada em mostrar exatamente o contrário: apesar do choque que irá suceder, os países que são os maiores consumidores de petróleo iraniano – China e Índia – continuam a apresentar-se como clientes, pelo que o impacto na produção será reduzido.

O ministro iraniano chegou a Viena para participar da reunião da OPEP, onde a redução da produção de petróleo pelo cartel está em debate, para reequilibrar o mercado das quedas inesperadas dos preços nas últimas semanas.

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