Irlanda lembra a Atenas que não deixou cair medidas, substituiu-as

O ministro das Finanças irlandês, Michael Noonan, destacou, à entrada para nova reunião do Eurogrupo sobre a Grécia, em Bruxelas, que a Irlanda não deixou cair medidas do seu programa de ajustamento, substituindo-as por outras com idêntico impacto orçamental.   “Já há flexibilidade dentro dos programas, não para deixar cair medidas, mas para as substituir […]

O ministro das Finanças irlandês, Michael Noonan, destacou, à entrada para nova reunião do Eurogrupo sobre a Grécia, em Bruxelas, que a Irlanda não deixou cair medidas do seu programa de ajustamento, substituindo-as por outras com idêntico impacto orçamental.

 

“Já há flexibilidade dentro dos programas, não para deixar cair medidas, mas para as substituir por outras com idêntico impacto orçamental”, apontou Michael Noonan, acrescentando que foi isso que Dublin fez durante o seu programa de assistência, concluído em dezembro de 2013, tal como a ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque realçou recentemente para o caso de Portugal.

 

À entrada para mais uma reunião extraordinária dos ministros das Finanças da zona euro com vista a tentar encontrar uma solução para o programa de assistência à Grécia, que Atenas deseja rever, a Irlanda insistiu assim numa mensagem que tem sido também sublinhada por Portugal, outro país que já concluiu o respetivo programa (em maio de 2014).

 

Na passada quarta-feira, durante uma conferência em Berlim, Maria Luís Albuquerque disse que “é possível ajustar o memorando de entendimento”, e que “Portugal fê-lo”, mas só ganhando a credibilidade que lhe deu legitimidade para requerer alterações aos seus credores.

 

“A nossa opção foi implementar o memorando e ajustá-lo ao longo do caminho, quando necessário. Mas primeiro tivemos que demonstrar que queríamos e íamos cumprir, para nos tornarmos um parceiro credível”, apontou.

 

Maria Luís Albuquerque realçou ainda que Portugal negociou alterações de medidas “sempre no quadro do programa e das regras”.

 

“Foi um contrato, se pudermos chamar-lhe assim, com obrigações do nosso lado e solidariedade do outro”, resumiu.

 

À entrada para o encontro de hoje, o ministro irlandês apontou ainda que é necessário que seja feita “uma clarificação, pois há contradições entre o que é dito em Atenas e (o que está escrito) na carta (remetida pelo governo grego) a pedir extensão do programa”.

 

OJE/Lusa

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