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Irmã que vai rezar em árabe pelos refugiados também foi refugiada

Hoje na oração dos Fiéis da Missa do dia 13 de maio, em Fátima, a Irmã Glória Maalouf, libanesa a residir em Fátima desde 2000, vai ler a súplica em árabe, teve uma vida cheia de perigos, fugas e privações, ela própria migrante e refugiada.
  • REUTERS/Rafael Marchante
13 Maio 2017, 10h29

No site oficial da visita do Papa a Fátima neste fim de semana para as celebrações dos 100 anos da aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos e para a sua canonização, destaque para a história de Glória Maalouf, nascida no meio de uma família cristã no Líbano, deixou o país quando rebentou a guerra civil em 1975 e acompanhou os pais que encontraram refúgio no Kuwait.

“Ali vivia num mundo muçulmano, com muitas restrições, divisões que não entendia, e acabei por me afastar de Deus. Correspondeu a um período em que, jovem adolescente, vivi uma fase de rebeldia contra a religião, contra Deus”, conta a Irmã Glória.

Chegou ao Iraque para trabalhar e levou a família a mudar-se mais uma vez. Nesta altura, começou a interessar-se por Filosofia e aproximou-se mais da religião e de Deus, fazendo uma caminhada.

Durante a Guerra no Golfo a vida da família voltou a mudar completamente: “De repente, ficámos sem nada. Sem trabalho, sem dinheiro, em perigo constante, em fuga”.

Depois de uma fuga para o deserto foi aí que surgiu a primeira sensação de que a sua vida interior precisava de mudar: “trás de mim, deixei tudo e não havia nada. À minha frente não havia nada. Por isso, rezei e decidi que era mesmo Deus que tinha de procurar, era a Deus que me tinha de agarrar”.

Os seus pais decidiram emigrar para o Canadá e Glória decidiu emigrar para Jesus. Entrou na Congregação das Servas do Coração Imaculado de Maria, em Itália. E foi aí que foi convidada a abrir a casa da sua ordem em Fátima, em 2000.

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