Isabel Almeida: Banco tinha convicção que papel comercial não era tóxico

A ex-diretora do BES Isabel Almeida recusou hoje que o banco tenha tido a intenção de prejudicar deliberadamente os seus clientes, considerando que a instituição acreditava que o papel comercial da ESI e da Rioforte era são. “O banco quando colocou papel comercial da ESI [Espírito Santo International] e da Rioforte foi na convicção de […]

A ex-diretora do BES Isabel Almeida recusou hoje que o banco tenha tido a intenção de prejudicar deliberadamente os seus clientes, considerando que a instituição acreditava que o papel comercial da ESI e da Rioforte era são.

“O banco quando colocou papel comercial da ESI [Espírito Santo International] e da Rioforte foi na convicção de que estava a colocar um papel são. Não me passa pela cabeça que o BES tenha querido prejudicar qualquer cliente, particular ou empresa”, afirmou Isabel Almeida.

A ex-diretora financeira do BES falava do que considerou ser o “pecado original”, em resposta ao deputado do PSD Duarte Marques, na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES) que decorre hoje de manhã.

“A convicção das pessoas do banco na colocação de papel comercial do GES nos seus clientes era que este não era ativo tóxico, o que depois se veio a perceber”, reafirmou Isabel Almeida.

“Em momento algum me passou pela cabeça que as contas [da ESI] fossem adulteradas, que não fossem aquelas”, confessou.

Questionada sobre se havia pressão sobre os clientes para vender estes ativos, Isabel Almeida disse ser sua convicção de que “não havia pressão”, mas apenas previsões do que seria a procura e a colocação do papel comercial, e recorda que, nos primeiros meses, “os montantes procurados eram superiores aos montantes que estavam disponíveis”.

A ex-diretora considerou que essa procura era “normal”, porque esse era já um “período em que os depósitos a prazo já tinham taxas baixas” e porque os clientes “estavam num processo desde 2012 de diversificação das suas poupanças” e, por isso, “procuravam ativos mais rentáveis”.

OJE/Lusa

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