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Isolado em 15 metros quadrados. Como será a rotina de Lula da Silva na prisão?

A cela, na sede da Polícia Federal de Curitiba, tem algumas mordomias, como televisão e duche de água quente.
  • Ueslei Marcelino/Reuters
8 Abril 2018, 13h15

Uma cela especial, com televisão, 15 metros quadrados e casa de banho privativa. Pode tomar duche de água quente. Com janelas pequenas de vidro e grades, fica no quarto andar do Núcleo de Inteligência Policial, afastada do local dos outros presos no âmbito na operação Lava-Jato, que o antigo presidente brasileiro ficará. Lula não vai estar, pelo menos no início, em contacto com os outros presos. O ex-presidente terá duas horas diárias de acesso a uma zona exterior. Terá direito a receber visitas de familiares do primeiro grau uma vez por semana e falar com os advogados. A informação sobre a cela de Lula da Silva é avançada pela imprensa brasileira.

O ex-ministro António Palocci ou Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás estão noutra ponta do mesmo complexo que também já recebeu figuras como o ex-ministro José Dirceu e o empresário Marcelo Odebrecht.

Ontem, Lula da Silva entregou-se à Polícia Federal, para dar início ao cumprimento de uma pena de 12 anos e um mês de prisão. Desde quinta-feira na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, Lula está agora sob custódia das autoridades policiais.

A entrega foi dificultada pelos apoiantes do ex-presidente, que cercaram o edifício para tentar impedir a prisão. Durante a tarde, Lula da Silva tentou abandonar o edifício, todavia, dezenas de militantes bloquearam a saída do veículo em que o ex-presidente pretendia deixar a sede do Sindicato, em São Bernardo do Campo, após anunciar que se entregaria à polícia para cumprir a pena de 12 anos de prisão decretada contra ele.

Após vários minutos de bloqueio, Lula saiu do veículo dos seus advogados, rodeado por manifestantes que gritavam “Não se renda!”, e voltou à sede sindical, onde está desde quinta-feira.

Já durante a concentração da cúpula de partidos que apoiam o ex-presidente, que apelava à calma, Lula da Silva tentou novamente abandonar a sede do Sindicato, desta vez a pé. O ex-presidente acabou por entrar num dos carros da Polícia Federal (PF), que foi escoltado. Imagens da rede Globo mostravam uma caravana policial a seguir a alta velocidade.

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